O Volkswagen Tera, novo SUV compacto lançado pela montadora alemã no Brasil, enfrentou um obstáculo inesperado após registrar 12.000 reservas em apenas 50 minutos no dia 5 de junho de 2025. Apesar do sucesso inicial, o modelo emplacou apenas 5.944 unidades em seus dois primeiros meses, ficando atrás de concorrentes como Fiat Pulse e Renault Kardian. A razão está no programa federal Carro Sustentável, que zerou o IPI para carros 1.0 e impulsionou as vendas do VW Polo, fabricado na mesma planta de Taubaté (SP) que o Tera. Com a fábrica operando no limite, a Volkswagen priorizou a produção do Polo para atender à alta demanda, gerando filas de espera de até 60 dias para o SUV. O cenário revela um desafio logístico para a montadora, que busca equilibrar a produção de dois modelos populares enquanto o mercado automotivo brasileiro vive um momento de incentivos fiscais.
A Volkswagen esperava que o Tera, projetado para ser um carro de volume, liderasse as vendas no segmento de SUVs compactos. No entanto, o programa Carro Sustentável, lançado em 11 de julho de 2025, mudou as prioridades da produção. A isenção de IPI para veículos 1.0, como as versões Track, Robust e TSI do Polo, resultou em um aumento de 13% nas vendas de carros dessa categoria em julho, comparado a junho. O Polo, líder de mercado, vendeu cerca de 1.500 unidades a mais no último mês, o que sobrecarregou a linha de produção em Taubaté.
A situação gerou um efeito cascata no mercado. Enquanto o Tera enfrenta atrasos, outro modelo da Volkswagen, o Nivus, registrou um crescimento de 22% nas vendas entre junho e julho, com 5.777 unidades emplacadas. Consumidores que chegam às concessionárias interessados no Tera, mas sem paciência para a espera, acabam optando pelo Nivus, disponível para entrega imediata.
O Volkswagen Tera foi recebido com entusiasmo no mercado brasileiro. Lançado no Sambódromo do Rio de Janeiro em 2 de março de 2025, o SUV compacto se destacou por seu design moderno, com faróis e lanternas em LED e um efeito luminoso “click-clack” nas luzes traseiras. A promessa de preços competitivos, entre R$ 99.990 e R$ 150.000, e a plataforma MQB, a mesma usada no Polo e no T-Cross, posicionaram o modelo como uma aposta para competir com Fiat Pulse e Renault Kardian.
No entanto, os números de emplacamentos não corresponderam às expectativas iniciais. Em junho, o Tera registrou 2.555 unidades vendidas, subindo para 3.244 em julho. Apesar do crescimento, o total de 5.944 emplacamentos em dois meses está bem abaixo das 12.000 reservas iniciais. O CEO da Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, destacou que a alta demanda pelo Polo, impulsionada pelo programa Carro Sustentável, obrigou a montadora a ajustar a produção.
A fábrica de Taubaté, que opera em capacidade máxima, não consegue atender a demanda por ambos os modelos simultaneamente. Possobom descartou a possibilidade de um terceiro turno na planta, citando custos e variáveis logísticas. A situação evidencia um desafio estrutural para a Volkswagen, que precisa equilibrar a produção de dois veículos de alta procura em uma única linha.
O sucesso do programa Carro Sustentável, que zerou o IPI para carros 1.0, não apenas impulsionou o Polo, mas também impactou outros modelos da Volkswagen. O Nivus, SUV cupê da marca, se beneficiou diretamente da escassez de Tera nas concessionárias. Em julho, o Nivus emplacou 5.777 unidades, contra 4.731 em junho, um aumento de 22%.
Esse crescimento reflete a preferência dos consumidores por modelos disponíveis imediatamente. Segundo Possobom, muitos clientes chegam às lojas interessados no Tera, mas, diante da espera de até 60 dias, optam pelo Nivus. A estratégia da Volkswagen de oferecer descontos de até R$ 20.000 no Nivus Highline antes do lançamento do Tera também ajudou a alavancar as vendas do SUV cupê.
Além disso, o Tera enfrenta um mercado altamente competitivo. Modelos como o Fiat Pulse e o Renault Kardian já estão consolidados no segmento de SUVs compactos, enquanto o Nissan Kicks Play mantém uma base fiel de consumidores. A demora na entrega do Tera pode afastar clientes em busca de agilidade, especialmente em um setor onde a disponibilidade imediata é um diferencial.
Apesar dos desafios na produção, o Tera se destaca em outros aspectos. O modelo conquistou cinco estrelas no teste de impacto do Latin NCAP, realizado em junho de 2025. Com pontuações de 89,88% em proteção para ocupantes adultos e 87,25% para ocupantes infantis, o SUV demonstrou estrutura robusta e sistemas avançados de assistência à condução, como frenagem autônoma de emergência (AEB), disponível em todas as versões, exceto na Argentina.
O Tera também oferece eficiência energética, com consumo de até 15 km/l em algumas configurações, e um design diferenciado, com grade frontal exclusiva e rodas de liga leve nas versões topo de linha. A versão Highline, equipada com motor 170 TSI, é a mais procurada, mas a produção limitada tem dificultado a entrega dessas unidades.
A Volkswagen planeja aumentar a produção do Tera nos próximos meses para atender a demanda reprimida. No entanto, o sucesso contínuo do Polo, aliado às restrições da fábrica de Taubaté, sugere que o SUV terá que esperar para alcançar seu potencial de vendas.
A Volkswagen mantém otimismo em relação ao Tera, que foi projetado para ser um carro de volume. Apenas 8% das vendas de julho foram para locadoras, indicando que o modelo tem apelo entre consumidores finais. A montadora acredita que, com ajustes na produção, o Tera poderá se tornar um dos SUVs mais vendidos do Brasil.
O programa Carro Sustentável, por outro lado, continua a moldar o mercado automotivo. A isenção de IPI, que beneficiou o Polo, também impulsionou outros modelos 1.0, como o Fiat Argo e o Renault Kwid. O governo federal considera a iniciativa um sucesso, com crescimento de 11,35% nas vendas de carros 1.0 em julho, comparado ao mesmo período de 2024.
Enquanto isso, a Volkswagen avalia estratégias para aumentar a produção do Tera sem comprometer o Polo. A possibilidade de exportar o SUV para mercados como a África do Sul, onde será vendido com outro nome, também está nos planos, mas depende da estabilização da produção em Taubaté.
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