Uma intensa massa de ar polar mantém o Centro-Sul do Brasil sob temperaturas extremamente baixas nesta terça-feira, 12 de agosto de 2025, com formação de geada em áreas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e até o Rio de Janeiro. O fenômeno, que atinge desde a Campanha Gaúcha até as serras do Sudeste, ocorre devido a uma forte frente fria que chegou ao país no início da semana. Capitais como Porto Alegre e Curitiba registram mínimas próximas de 4 °C e 5 °C, enquanto cidades serranas enfrentam geada moderada a forte. A previsão indica que o frio persiste até quarta-feira, com uma nova frente fria reforçando as baixas temperaturas a partir de quinta-feira, 14 de agosto. O litoral da Bahia, por outro lado, enfrenta chuvas intensas, enquanto o Centro-Oeste e interior do Sudeste lidam com ar seco e risco de queimadas.
A onda de frio atual é uma das mais intensas do inverno de 2025, impactando diretamente a rotina de milhões de pessoas. No Sul, a geada ameaça plantações, enquanto no Sudeste, as temperaturas baixas exigem cuidados extras com a população vulnerável. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para a possibilidade de temperaturas negativas em áreas altas, como a Serra da Mantiqueira.
A formação de geada é o destaque desta terça-feira em diversas regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, a Campanha Gaúcha e o norte do estado amanhecem cobertos por uma camada de gelo, com mínimas próximas de 2 °C em cidades como Bagé e Santa Maria. Em Santa Catarina, áreas como São Joaquim e Lages registram geada forte, com termômetros marcando 1 °C nas primeiras horas do dia. No Paraná, o frio também é intenso, especialmente em cidades do interior, como Guarapuava, onde a mínima chega a 3 °C.
No Sudeste, a Serra da Mantiqueira, que abrange cidades como Campos do Jordão (SP) e Monte Verde (MG), enfrenta temperaturas próximas de 0 °C, com geada moderada. Até mesmo áreas menos acostumadas ao frio, como o sul de Minas Gerais e a serra fluminense, registram o fenômeno. A capital paulista amanhece com 9 °C, enquanto o Rio de Janeiro tem mínima de 13 °C, números considerados baixos para a região.
A massa de ar polar, segundo meteorologistas, é responsável por manter o tempo seco e frio, inibindo a formação de nuvens de chuva no Centro-Sul. Essa condição favorece a queda abrupta das temperaturas durante a madrugada, intensificando a sensação térmica de frio.
A partir de quinta-feira, 14 de agosto, uma nova frente fria de trajetória oceânica deve intensificar ainda mais o frio no Sul do Brasil. Cidades como Porto Alegre e Florianópolis podem registrar mínimas de 5 °C e 7 °C, respectivamente, na sexta-feira. A Campanha Gaúcha, uma das regiões mais afetadas, pode ter temperaturas próximas de 0 °C, com risco de geada severa.
Essa nova frente fria também impactará o Sudeste, especialmente São Paulo e Rio de Janeiro, onde as máximas não devem ultrapassar 20 °C na sexta-feira. A sensação térmica será ainda menor devido aos ventos frios que acompanham o sistema. Em Belo Horizonte, as temperaturas permanecem amenas, com mínimas de 10 °C e máximas de 24 °C, sem previsão de geada significativa.
O avanço da frente fria deve manter o tempo seco na maior parte do Centro-Sul, com umidade relativa do ar caindo para níveis críticos em áreas do interior de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Enquanto o Centro-Sul enfrenta o frio, o litoral sul da Bahia vive um cenário oposto, com chuvas moderadas a fortes. Cidades como Porto Seguro, Ilhéus e Santa Cruz Cabrália registram acumulados elevados, com volumes que podem superar 100 mm até quinta-feira. O Inmet emitiu alertas para temporais isolados, especialmente em Ilhéus, onde há risco de alagamentos e deslizamentos.
Em Salvador, a terça-feira é marcada por chuva intermitente, com mínima de 23 °C e máxima de 28 °C. A instabilidade é causada por uma frente fria que atua na costa baiana, trazendo umidade do oceano. A previsão indica que as chuvas devem perder força a partir de sexta-feira, mas o tempo instável pode persistir em áreas isoladas.
No Centro-Oeste, o predomínio é de ar seco, com umidade relativa abaixo de 20% em cidades como Campo Grande (MS) e Goiânia (GO). Em Campo Grande, a terça-feira começa com 11 °C e chega a 27 °C, enquanto Goiânia varia de 14 °C a 29 °C. A baixa umidade aumenta o risco de queimadas e exige cuidados com hidratação e saúde respiratória.
No Norte, o calor é a característica principal, com pancadas de chuva isoladas. Rio Branco (AC) registra máxima de 33 °C e umidade baixa, enquanto Manaus (AM) alcança 32 °C com possibilidade de chuva rápida à tarde. Macapá (AP) tem mínima de 24 °C e máxima de 31 °C, com chuvas no fim do dia e umidade elevada.
Além da Bahia, outras capitais do Nordeste enfrentam instabilidade. Aracaju (SE) tem mínima de 23 °C e máxima de 27 °C, com pancadas rápidas. Maceió (AL) registra mínima de 22 °C e chuva fraca pela manhã. João Pessoa (PB) e Natal (RN) têm máximas de 27 °C, com chuvas passageiras. Fortaleza (CE) atinge 29 °C, com possibilidade de chuva no fim da tarde.
A combinação de calor e umidade elevada mantém o padrão típico do inverno nordestino, com chuvas rápidas e temperaturas amenas em comparação com outras regiões do país.
As condições climáticas extremas exigem atenção redobrada. No Centro-Sul, a população deve se proteger contra o frio intenso, especialmente em áreas rurais e serranas, onde as temperaturas podem causar hipotermia. O uso de roupas adequadas e a proteção de plantações contra a geada são medidas essenciais.
No Centro-Oeste e interior do Sudeste, a baixa umidade exige hidratação constante e cuidados com a saúde respiratória. O risco de queimadas também aumenta, e as autoridades recomendam evitar atividades que possam iniciar focos de incêndio.
No litoral da Bahia, a população deve estar atenta a alertas de alagamentos e deslizamentos, especialmente em áreas de encosta. A Defesa Civil local mantém monitoramento contínuo para minimizar impactos.
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