Quase 24 anos após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, que abalaram o mundo, a cidade de Nova York anunciou a identificação de mais três vítimas do World Trade Center, trazendo alívio a famílias que aguardavam respostas. Ryan Fitzgerald, um jovem de 26 anos que trabalhava no 94º andar da Torre Sul, Barbara Keating, uma passageira de 72 anos do voo que colidiu com as torres, e uma mulher cuja identidade foi mantida em sigilo a pedido da família foram confirmados por meio de avanços na análise de DNA. A descoberta, realizada pelo escritório do legista-chefe de Nova York, reflete o compromisso contínuo em identificar os 2.753 mortos no atentado, dos quais cerca de 40% ainda permanecem sem identificação. Esse marco, alcançado com tecnologia de sequenciamento genético de última geração, destaca a persistência das autoridades em oferecer respostas às famílias, mesmo após décadas.
A identificação foi possível graças a testes realizados em restos mortais recuperados entre 2001 e 2002, apesar dos desafios impostos pela degradação do material genético ao longo do tempo. O prefeito Eric Adams enfatizou a importância emocional dessas descobertas, enquanto o legista-chefe, Dr. Jason Graham, reforçou a dedicação em continuar o trabalho.
A identificação de vítimas do 11 de setembro é considerada a mais complexa operação forense da história dos Estados Unidos. O processo enfrenta obstáculos como a deterioração de fragmentos ósseos e tecidos, expostos a condições extremas durante o colapso das Torres Gêmeas. Mesmo assim, a adoção de tecnologias de sequenciamento genético de nova geração tem revolucionado o trabalho. Essas ferramentas, mais sensíveis e rápidas que métodos tradicionais, permitem a análise de amostras antes consideradas inutilizáveis.
O escritório do legista-chefe de Nova York utiliza técnicas que envolvem a pulverização de fragmentos ósseos para extrair DNA, que é então comparado com amostras de referência fornecidas por familiares. Em 2025, essas inovações permitiram identificar Ryan Fitzgerald a partir de restos encontrados em 2002, enquanto Barbara Keating e a outra vítima foram confirmadas com base em material coletado em 2001. O Dr. Jason Graham destacou que o compromisso com as famílias permanece tão forte quanto em 2001, com esforços contínuos para analisar cerca de 10 mil fragmentos ósseos ainda não identificados.
Ryan Fitzgerald, de 26 anos, era um corretor de câmbio que trabalhava no 94º andar da Torre Sul quando o voo 175 da United Airlines colidiu com o edifício às 9h03 de 11 de setembro de 2001. Natural de Floral Park, Nova York, ele foi uma das 2.753 vítimas do ataque ao World Trade Center. Sua identificação trouxe um alívio agridoce para sua família, que aguardava respostas há mais de duas décadas.
Barbara Keating, de 72 anos, estava a bordo do voo 11 da American Airlines, que atingiu a Torre Norte às 8h46. Ela retornava para casa, em Palm Springs, Califórnia, após visitar netos na Costa Leste. A terceira vítima, uma mulher não identificada publicamente, também foi reconhecida, mas sua família optou por manter a privacidade. Essas histórias pessoais reforçam a dimensão humana do trabalho de identificação, conectando nomes a memórias e proporcionando um senso de fechamento.
Os ataques de 11 de setembro não apenas tiraram quase 3 mil vidas, mas também deixaram marcas profundas na sociedade. Além das vítimas imediatas, milhares de socorristas, bombeiros e civis desenvolveram doenças graves devido à exposição a poeira e toxinas no Ground Zero. Relatórios indicam que mais de 2 mil primeiros respondentes morreram de câncer e outras condições relacionadas, enquanto 1.140 pessoas que trabalhavam ou viviam na área foram diagnosticadas com câncer até 2013.
O colapso das Torres Gêmeas gerou uma nuvem de poeira contendo amianto, chumbo e outros materiais tóxicos, impactando a saúde de muitos que não usavam proteção respiratória adequada. Casos como o de Felicia Dunn-Jones, que morreu em 2002 por exposição à poeira, e Leon Heyward, vítima de linfoma em 2008, foram oficialmente reconhecidos como homicídios ligados ao 11 de setembro. Esses números sublinham a tragédia contínua e a importância de programas como o Fundo de Compensação de Vítimas, que já processou milhares de pedidos de indenização.
O trabalho de identificação das vítimas do 11 de setembro é um processo contínuo, com avanços esporádicos, mas significativos. Em 2023, duas vítimas foram identificadas, e antes disso, em 2021, outras duas, incluindo Dorothy Morgan. Desde 2001, cerca de 22 mil fragmentos humanos foram testados, alguns até 15 vezes, em um esforço para conectar restos mortais às vítimas. Apesar dos avanços, 1.100 vítimas – aproximadamente 40% do total – ainda aguardam identificação, um desafio que persiste devido à complexidade das amostras.
As autoridades forenses de Nova York utilizam uma abordagem meticulosa, revisitando fragmentos regularmente com novas tecnologias. O processo envolve colaboração com famílias, que fornecem amostras de DNA de itens pessoais, como escovas de dente, ou de parentes diretos. Esse esforço reflete um compromisso de longo prazo com a justiça e a memória, garantindo que nenhuma vítima seja esquecida.
A memória do 11 de setembro é preservada em Nova York por meio do National September 11 Memorial & Museum, localizado onde ficavam as Torres Gêmeas. O memorial, com dois grandes tanques de água e os nomes das vítimas gravados, é um ponto de encontro para homenagens anuais. Em 2025, a leitura dos nomes das 2.753 vítimas do World Trade Center continua sendo um momento central nas cerimônias, reunindo familiares e sobreviventes.
Além disso, a reconstrução do local, com a torre One World Trade Center e outros edifícios, simboliza a resiliência da cidade. A identificação de vítimas, mesmo décadas depois, reforça a importância de manter viva a história do 11 de setembro, enquanto novas gerações aprendem sobre o impacto daquele dia.
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