Em um avanço científico notável, pesquisadores da Universidade de Princeton, liderados por Andrew Chael, utilizaram supercomputadores do Centro de Computação Avançada do Texas (TACC) para simular o comportamento do buraco negro supermassivo no centro da galáxia Messier 87 (M87), o primeiro a ser fotografado em 2019 pelo Event Horizon Telescope. A simulação, publicada em 2025 na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, explora como elétrons e prótons interagem no ambiente caótico ao redor desse colosso cósmico, revelando detalhes sobre a dinâmica do plasma, campos magnéticos e jatos que se estendem por milhões de anos-luz. Realizada com um código computacional inovador, a pesquisa separa as partículas por suas propriedades, oferecendo uma visão mais precisa do que os modelos tradicionais. O estudo, conduzido em 2025, destaca a evolução do M87 e promete novas descobertas sobre o universo. A simulação indica que a temperatura dos elétrons é até 100 vezes menor que a dos prótons, um dado crucial para entender o brilho observado nas imagens do buraco negro.

A imagem captada em 2019 marcou um marco histórico, mas a nova simulação vai além, permitindo aos cientistas observar como o buraco negro muda com o tempo. A análise combina dados observacionais com modelagens avançadas, oferecendo pistas sobre o comportamento do plasma e a formação de jatos cósmicos.

O trabalho também comparou as imagens de 2019 com onze simulações realizadas em 2025, mostrando que o centro escuro do M87 permanece estável, mas o anel brilhante ao seu redor se desloca, influenciado por fluxos de plasma próximos ao horizonte de eventos.

  • Avanço tecnológico: Supercomputadores permitiram simulações mais detalhadas.
  • Impacto científico: Novas descobertas sobre partículas e jatos cósmicos.
  • Futuro da pesquisa: Mais simulações estão previstas para explorar a evolução do M87.

Dinâmica das partículas ao redor do M87

O estudo conduzido por Andrew Chael foca na interação entre elétrons e prótons no plasma que circunda o buraco negro M87. Diferentemente de modelos anteriores, que tratavam essas partículas como iguais, o novo código computacional considera suas propriedades distintas. Isso permitiu uma análise mais precisa da temperatura e do comportamento das partículas. A simulação revelou que os elétrons atingem temperaturas significativamente mais baixas, cerca de 100 vezes inferiores às dos prótons, o que influencia diretamente o brilho observado nas imagens do buraco negro.

Os pesquisadores também investigaram como os campos magnéticos e a gravidade afetam o movimento do plasma. Essas interações complexas geram jatos de matéria que se estendem por distâncias impressionantes, alcançando milhões de anos-luz.

  • Temperatura dos elétrons: Até 100 vezes mais fria que a dos prótons.
  • Jatos cósmicos: Estendem-se por milhões de anos-luz, moldando a galáxia.
  • Campos magnéticos: Cruciais para a dinâmica do plasma ao redor do M87.
  • Código inovador: Separa partículas para simulações mais precisas.

O uso de supercomputadores foi essencial para processar a enorme quantidade de dados gerada pelas simulações. O TACC forneceu a infraestrutura necessária para rodar modelos que levam em conta variáveis como gravidade, plasma de alta energia e radiação.

Tecnologia por trás das simulações

A criação de um código computacional próprio foi um diferencial da pesquisa. Modelos tradicionais simplificavam a física ao ignorar diferenças entre partículas, mas a nova abordagem permite uma representação mais fiel do ambiente ao redor do M87. O Centro de Computação Avançada do Texas forneceu a capacidade de processamento necessária para executar onze simulações detalhadas, que foram comparadas com a imagem de 2019.

As simulações mostram o anel de fótons, uma região brilhante ao redor do horizonte de eventos, e como ele se desloca com o tempo. Esse movimento é impulsionado por fluxos de plasma aquecido, que alteram a aparência do buraco negro de forma sutil, mas detectável.

O estudo também considerou a influência da gravidade na acumulação de matéria, que é “engolida” pelo buraco negro ou redirecionada em jatos poderosos. Essas descobertas abrem caminho para novas observações com telescópios avançados.

Buraco negro Sgr e M87 – Foto; Makhbubakhon Ismatova/ Istockphoto.com

Jatos cósmicos e sua relevância

Os jatos emitidos pelo M87 são um dos fenômenos mais impressionantes associados a buracos negros supermassivos. Essas estruturas, formadas por partículas aceleradas a velocidades próximas à da luz, se estendem por distâncias vastas e influenciam a evolução da galáxia. A simulação revelou como o plasma aquecido e os campos magnéticos contribuem para a formação desses jatos.

  • Extensão dos jatos: Podem alcançar milhões de anos-luz.
  • Formação: Resultado da interação entre plasma e campos magnéticos.
  • Impacto galáctico: Moldam a estrutura da galáxia Messier 87.
  • Observação: Detectáveis por telescópios avançados.

Os jatos são alimentados pela energia liberada quando a matéria é capturada pelo buraco negro. A pesquisa de 2025 oferece uma visão mais clara de como esses processos ocorrem, ajudando os cientistas a preverem mudanças futuras no M87.

Avanços na observação do M87

A fotografia de 2019, capturada pelo Event Horizon Telescope, foi um marco na astronomia, mas as simulações de 2025 ampliam o entendimento sobre o M87. A comparação entre as imagens reais e os modelos computacionais revelou que o centro escuro do buraco negro é estável, mas o anel brilhante ao seu redor apresenta variações. Essas mudanças são causadas por flutuações no plasma, que aquecem ou resfriam ao longo do tempo.

Os cientistas planejam continuar as simulações, incorporando mais dados para rastrear a evolução do M87. A expectativa é que novas observações, combinadas com supercomputadores, revelem detalhes adicionais sobre a interação entre buracos negros e suas galáxias.

  • Estabilidade do centro: O horizonte de eventos permanece consistente.
  • Variação do anel: O brilho muda devido a flutuações no plasma.
  • Novas observações: Telescópios avançados serão usados para confirmar os dados.

Futuro das simulações cósmicas

A pesquisa sobre o M87 demonstra o potencial das simulações computacionais para decifrar fenômenos cósmicos complexos. Com o avanço da tecnologia, os cientistas esperam criar modelos ainda mais detalhados, incorporando variáveis como a rotação do buraco negro e a interação com outras galáxias.

O trabalho também destaca a importância de colaborações internacionais, como o Event Horizon Telescope, que reúne cientistas de diversos países para estudar buracos negros. As descobertas de 2025 reforçam a relevância de combinar observações reais com simulações avançadas.

  • Modelos futuros: Incluirão mais variáveis, como a rotação do M87.
  • Colaboração global: Essencial para avanços na astronomia.
  • Tecnologia avançada: Supercomputadores continuarão a impulsionar a pesquisa.
  • Novas descobertas: Podem revelar segredos sobre a formação de galáxias.

O estudo do M87 é apenas o começo. Com novas ferramentas e dados, os cientistas estão mais próximos de compreender como os buracos negros moldam o universo, desde a formação de jatos até a evolução das galáxias.

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Redação

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