O Santos Football Club deu um passo importante no mercado da bola ao iniciar contatos com o Flamengo para tentar a contratação do meia Victor Hugo, jovem talento de 21 anos que enfrenta dificuldades para ganhar espaço no elenco rubro-negro sob o comando do técnico Filipe Luís. A movimentação ocorreu nesta semana, em meio à janela de transferências do futebol brasileiro que se encerra no dia 2 de setembro, e envolve principalmente a possibilidade de um empréstimo, embora o negócio seja considerado complicado pelas partes envolvidas. O diretor de futebol do Peixe, Alexandre Mattos, procurou diretamente o executivo rubro-negro, José Boto, para abrir as tratativas, visando reforçar o meio-campo após a chegada do técnico argentino Juan Carlos Osorio, conhecido como Vojvoda. O jogador, criado na base do Flamengo desde 2022, acumula mais de 100 partidas no profissional, mas viu sua situação piorar com a chegada de reforços e a preferência do treinador por outras opções no setor ofensivo. Além do Santos, o Famalicão, de Portugal, também manifesta interesse, com a janela europeia aberta até 15 de setembro, o que adiciona pressão à negociação. Essa busca por Victor Hugo reflete a estratégia do Santos de investir em jovens promissores para reconstruir o time, especialmente após contratações recentes que visam elevar o nível competitivo no Brasileirão e em outras competições. O porquê dessa procura reside na necessidade de opções versáteis no meio-campo, onde o jogador se destaca por sua visão de jogo e capacidade de finalização, características que o tornaram titular em fases anteriores sob Jorge Sampaoli.

Victor Hugo emergiu como uma das principais promessas do Ninho do Urubu, mas sua trajetória recente tem sido marcada por altos e baixos.

  • Ele subiu ao profissional em 2022 e rapidamente se consolidou, marcando gols importantes como o de cabeça contra o Palmeiras em um clássico memorável.
  • Em 2023, sob Sampaoli, viveu seu auge, recusando propostas milionárias de clubes europeus.
  • Recentemente, um empréstimo à Turquia não rendeu o esperado, e agora ele luta por minutos no Flamengo.

A concorrência interna no Rubro-Negro complica ainda mais sua permanência.

O Famalicão já havia tentado levá-lo antes, mas questões contratuais travaram o acordo, e agora o Santos surge como alternativa viável no Brasil.

Trajetória de Victor Hugo no Flamengo

Victor Hugo chegou ao Flamengo ainda jovem e rapidamente chamou atenção pela habilidade técnica e pela capacidade de atuar em múltiplas posições no meio-campo. Sua ascensão ao time principal ocorreu em 2022, quando ele disputou sua primeira partida oficial e logo se tornou peça rotineira no esquema tático. Com mais de 100 jogos acumulados, o meia demonstrou versatilidade, jogando tanto como armador central quanto na ponta direita, posição que Filipe Luís o indicou recentemente. No entanto, a saída de Jorge Sampaoli em 2023 marcou o início de um declínio em sua utilização, levando a um empréstimo para o Goztepe, da Turquia, onde atuou por um ano sem grande destaque. Ao retornar em julho deste ano, ele esperava reconquistar espaço, mas a chegada de reforços como Luiz Araújo, Plata, Saúl e Matheus Gonçalves saturou o setor, deixando-o com apenas 11 minutos em campo no empate contra o Ceará.

A conversa inicial com o técnico Filipe Luís não trouxe garantias de titularidade, e o jogador foi relacionado para poucos jogos desde então. Na vitória sobre o Internacional por 3 a 1, ele viajou mas ficou fora do banco por opção técnica, e na Libertadores, nem foi inscrito devido ao limite de vagas preenchidas por novas contratações como Emerson Royal e Jorginho. Essa situação reflete a dinâmica do elenco rubro-negro, que prioriza jogadores experientes e recém-chegados para competições nacionais e continentais. Victor Hugo, com contrato até o final de 2028, representa um ativo valioso para o Flamengo, que já recusou ofertas passadas, como a do Wolverhampton em 2023, avaliada em 20 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 107 milhões na época. O estafe do jogador e a diretoria entenderam que uma saída precoce poderia prejudicar seu desenvolvimento, optando por mantê-lo no clube para ganhar rodagem.

Apesar dos desafios, sua melhor fase sob Sampaoli o credencia como uma aposta segura para outros times. O técnico argentino o utilizava como titular em jogos decisivos, elogiando sua inteligência tática e finalizações precisas, o que gerou interesse internacional imediato.

Interesse do Santos e estratégia de reforços

O Santos, recém-contratado o técnico Vojvoda, busca equilibrar o elenco com jogadores jovens e talentosos para enfrentar o Brasileirão e a Copa do Brasil. Alexandre Mattos, diretor de futebol, identificou Victor Hugo como peça ideal para adicionar criatividade ao meio-campo, especialmente após a equipe sofrer com lesões e inconsistências no setor. A proposta inicial envolve um empréstimo sem custos elevados, mas o Flamengo resiste, preferindo manter percentual dos direitos econômicos para uma futura venda lucrativa. Essa negociação ocorre em um momento delicado para o Peixe, que precisa de reforços rápidos antes do fechamento da janela em 2 de setembro, e o modelo de empréstimo surge como solução para ambos os clubes, permitindo que o jovem ganhe minutos sem uma transferência definitiva.

Vojvoda, conhecido por trabalhar com elencos mistos de veteranos e promessas, vê no meia uma opção para rotacionar o time em jogos desgastantes. O Santos já investiu em contratações recentes, mas o foco agora é em atletas nacionais para evitar adaptações demoradas. No entanto, a diretoria santista sabe que o negócio não é simples, pois o Flamengo valoriza o jogador e pode exigir contrapartidas, como porcentagem em vendas futuras ou opção de recompra. Essa abordagem reflete a política do Rubro-Negro de proteger suas joias da base, evitando saídas precipitadas que prejudiquem o caixa a longo prazo.

Outros clubes brasileiros monitoram a situação, mas o Santos lidera as conversas iniciais, com Mattos mantendo diálogos constantes com José Boto.

  • Reforços recentes do Santos incluem jogadores experientes para a defesa e ataque.
  • Victor Hugo traria equilíbrio ao meio-campo, com sua experiência de mais de 100 jogos.
  • O empréstimo evitaria desembolso imediato, beneficiando as finanças do Peixe.
  • Vojvoda planeja integrá-lo gradualmente, testando em treinos abertos.

Concorrência europeia com o Famalicão

O interesse português pelo Victor Hugo não é novidade, pois o Famalicão já havia avançado em negociações antes de seu retorno do empréstimo turco. Na ocasião, o Flamengo concordou inicialmente com uma cessão sem compensação financeira, retendo 50% dos direitos econômicos, mas a repercussão negativa entre torcedores e a pressão da diretoria rubro-negra alteraram o rumo, exigindo algum valor ou formato de empréstimo, o que travou o acordo. Agora, com a janela europeia aberta até 15 de setembro, o clube luso volta à carga, vendo no meia uma adição valiosa para seu meio-campo em competições domésticas e europeias. Essa disputa adiciona complexidade à situação, pois Victor Hugo poderia optar por uma aventura no exterior, onde o nível técnico e a visibilidade são maiores.

O Famalicão, que joga a Primeira Liga portuguesa, aposta em jovens sul-americanos para se fortalecer, e Victor Hugo se encaixa perfeitamente nesse perfil, com sua velocidade e visão de jogo. No entanto, o jogador e seu estafe preferem uma solução no Brasil inicialmente, para manter o ritmo em competições familiares, o que favorece o Santos. A negociação com os portugueses emperrou anteriormente devido a cláusulas contratuais, mas fontes próximas indicam que uma nova proposta pode surgir nas próximas semanas, forçando o Flamengo a decidir entre manter o atleta na reserva ou liberá-lo para ganhar valor de mercado.

Essa concorrência internacional destaca o potencial de Victor Hugo, que já foi comparado a meias criativos do futebol brasileiro por analistas.

Desafios no elenco rubro-negro

Filipe Luís, como técnico do Flamengo, enfrenta o dilema de gerir um elenco inchado no setor ofensivo, com várias opções para a ponta direita e meio-campo. Victor Hugo, ao se reapresentar, recebeu a indicação de atuar nessa posição, mas a concorrência com Luiz Araújo, Plata, Saúl e Matheus Gonçalves o deixa em desvantagem. O treinador não prometeu minutos regulares, priorizando jogadores que se destacaram em treinos e jogos recentes. Essa dinâmica resultou em apenas duas relacionadas desde julho, com escasso tempo em campo, como os 11 minutos finais contra o Ceará no Castelão. Na viagem para Porto Alegre, ele foi opção mas ficou de fora da vitória sobre o Inter por escolha técnica, e na Libertadores, a falta de inscrição o excluiu completamente, com o clube usando as vagas para reforços como Samuel Lino e Carrascal.

A tendência é que, com o retorno de lesionados e mais contratações, as chances diminuam ainda mais, pressionando por uma saída. O Flamengo, vice-líder do Brasileirão, foca em manter o ritmo vencedor, e Victor Hugo, apesar de seu histórico, não se encaixa no rodízio atual. Essa situação reflete a estratégia do clube de priorizar estabilidade, mesmo que isso signifique emprestar talentos da base para preservá-los.

Analistas apontam que o jovem precisa de sequência para evoluir, e um empréstimo poderia ser o caminho ideal.

  • Concorrentes diretos incluem reforços caros como Plata e Saúl.
  • Filipe Luís opta por experiência em jogos decisivos.
  • Lesões recentes abriram vagas, mas não para Victor Hugo.
  • Empréstimo ao Santos poderia revitalizar sua carreira.
  • Flamengo retém direitos para venda futura lucrativa.

Perspectivas para o futuro do jogador

Victor Hugo, aos 21 anos, ainda tem um longo caminho pela frente no futebol, e sua situação atual pode ser um trampolim para novos desafios. O interesse de clubes como Santos e Famalicão demonstra que seu talento não passou despercebido, e uma mudança poderia permitir que ele recupere a forma vista em 2023, quando era titular indiscutível. No Santos, sob Vojvoda, ele encontraria um ambiente para se desenvolver, contribuindo em um time em reconstrução. Já na Europa, o Famalicão ofereceria exposição internacional, potencializando uma transferência maior no futuro. O contrato até 2028 dá ao Flamengo leverage para negociar, mas a diretoria rubro-negra sabe que manter um jogador insatisfeito pode gerar desgaste interno.

Especialistas em mercado acreditam que um empréstimo é o cenário mais provável, permitindo rodagem sem perda financeira imediata. Sua capacidade de marcar gols de cabeça e assistências precisas o torna atrativo para técnicos que buscam versatilidade. Enquanto isso, o jogador treina forte, aguardando uma definição que atenda a seus interesses profissionais.

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Redação

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