Em 30 de julho de 2025, os Estados Unidos aplicaram sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, utilizando a Lei Magnitsky, em um movimento que escalou tensões diplomáticas entre Brasil e EUA. A medida, anunciada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), inclui a revogação de vistos de Moraes, seus aliados no STF e familiares, além de possíveis bloqueios de ativos financeiros. A justificativa americana aponta decisões judiciais de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe após as eleições de 2022, como violações de direitos humanos. A ação gerou reações imediatas no Brasil, com o Itamaraty classificando-a como uma afronta à soberania nacional. O caso, que reflete articulações políticas de aliados de Bolsonaro nos EUA, como o deputado Eduardo Bolsonaro, expõe um embate transnacional e ameaça áreas como comércio e cooperação internacional.
A sanção ocorre em um contexto de polarização política no Brasil, com o STF no centro de disputas. O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu respostas proporcionais, enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga possíveis articulações de Eduardo Bolsonaro para pressionar os EUA. A crise, que já impacta as relações bilaterais, levanta debates sobre a independência judicial e o uso de legislações estrangeiras em disputas políticas internas.
A decisão dos EUA de sancionar Alexandre de Moraes reflete uma articulação de aliados de Jair Bolsonaro, especialmente seu filho, Eduardo Bolsonaro, que desde o início de 2025 tem atuado nos EUA para pressionar o governo de Donald Trump. A Lei Magnitsky, criada em 2012 e ampliada em 2016 para alcance global, permite punir indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos, como repressão à liberdade de expressão. No caso de Moraes, os EUA alegam que suas decisões, como o bloqueio de contas em redes sociais e investigações contra bolsonaristas, configuram censura.
O processo contra Bolsonaro, relatado por Moraes no STF, investiga uma suposta tentativa de golpe para anular as eleições de 2022, com base em reuniões com militares e declarações públicas. A pressão de parlamentares republicanos nos EUA, como Cory Mills, fortaleceu a narrativa de que o STF persegue opositores políticos. No entanto, a sanção enfrenta resistência interna no OFAC, com alguns funcionários alertando que punir um juiz de uma corte suprema democrática pode prejudicar a credibilidade americana na defesa da democracia.
A sanção americana gerou forte reação no Brasil, com autoridades defendendo a independência do Judiciário. O Ministério das Relações Exteriores, sob Mauro Vieira, convocou o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA para esclarecimentos, classificando a medida como uma violação do princípio de não intervenção. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) emitiu nota afirmando que o STF atua dentro das normas constitucionais, rejeitando a ideia de politização judicial.
O presidente Lula criticou a ação dos EUA, enfatizando que o Brasil não tolerará interferências em sua Justiça. Parlamentares de diferentes espectros, como Gleisi Hoffmann, do PT, e Jorge Messias, advogado-geral da União, reforçaram a defesa da soberania nacional. O STF, em nota conjunta, afirmou que suas decisões seguem a Constituição e que tentativas de intimidação serão rechaçadas, sem mencionar Moraes diretamente.
A sociedade civil também reagiu. Movimentos de apoio ao STF organizam atos públicos, enquanto setores bolsonaristas celebram a sanção, vendo-a como validação de suas críticas ao Judiciário. A polarização política se intensifica, com impactos potenciais nas eleições de 2026.
A Lei Magnitsky impõe restrições severas aos sancionados, especialmente no sistema financeiro global, dominado pelo dólar. Para Moraes, as consequências incluem a revogação de vistos, impedindo sua entrada nos EUA, e a possibilidade de congelamento de bens em território americano. Embora o STF afirme que Moraes não possui ativos nos EUA, a sanção pode limitar transações internacionais, já que bancos globais evitam operar com indivíduos listados pelo OFAC para evitar penalidades.
Cartões de crédito de bandeiras americanas, como Visa e Mastercard, podem ser bloqueados, e instituições financeiras internacionais tendem a suspender relações com sancionados. Esse efeito, conhecido como “morte financeira”, restringe transações em dólar, essencial no comércio global. A inclusão na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN) do OFAC também gera danos reputacionais significativos.
Especialistas questionam a legalidade da sanção, argumentando que punir um juiz por decisões judiciais em uma democracia é inédito. As alegações americanas citam o bloqueio do X no Brasil em 2024 como exemplo de censura, mas críticos apontam que a medida pode ser uma politização da Lei Magnitsky.
A sanção a Moraes agrava as relações Brasil-EUA, já abaladas por tarifas comerciais de 50% impostas por Trump a produtos brasileiros. O Brasil, segundo maior exportador para os EUA no Hemisfério Ocidental, enfrenta riscos no agronegócio e na indústria. A exclusão de bancos brasileiros do sistema SWIFT, embora improvável, é uma preocupação para o Banco Central, que monitora os impactos no comércio global.
O Itamaraty considera retaliar com barreiras comerciais ou a exclusão de autoridades americanas de fóruns internacionais. A Lei da Reciprocidade, aprovada pelo Congresso, permite tarifas de até 50% sobre produtos americanos, mas analistas alertam que uma guerra comercial seria prejudicial para ambos os lados. A possível retirada da embaixadora brasileira, Maria Luiza Viotti Ribeiro, seria um passo extremo, próximo de um rompimento diplomático.
A imprensa internacional acompanha o caso. Jornais como The New York Times destacam o risco de uma ruptura bilateral, enquanto o Financial Times aponta que a sanção reflete uma estratégia de Trump para confrontar instituições não alinhadas. Um relatório da Human Rights First de 2024 indica que 69 indivíduos foram sancionados pela Lei Magnitsky, mas nunca um juiz de uma corte suprema democrática.
Resolver a crise exige esforços diplomáticos intensos. O Brasil avalia recorrer à Corte Internacional de Justiça (CIJ) para questionar a legalidade das sanções, alegando violação da soberania. Negociações entre o Itamaraty e o Departamento de Estado americano são outra possibilidade, mas a falta de diálogo direto entre Lula e Trump dificulta avanços. A resistência interna no OFAC pode limitar a aplicação total da Lei Magnitsky, como o congelamento de bens.
No STF, a postura é de manter a independência judicial. Moraes segue relatando casos sensíveis, como as investigações contra Bolsonaro, sem se pronunciar diretamente. A PGR intensifica a investigação contra Eduardo Bolsonaro, acusado de obstrução de justiça por articular sanções nos EUA. A crise pode influenciar as eleições de 2026, com setores governistas defendendo o STF e opositores usando a sanção para criticar o Judiciário.
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