Uma massa de ar polar avança pelo Brasil, derrubando temperaturas e trazendo geada e chuvas em diversas regiões nesta quarta-feira (30/7). Do Norte ao Sul, o frio intenso marca o dia, com mínimas previstas de 2°C em Curitiba e até 8°C em Belo Horizonte, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Alertas foram emitidos para declínio de temperatura, geada e chuvas intensas, afetando estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Amazonas. O fenômeno, que começou no início da semana, também provoca ventos costeiros no litoral do Sudeste e Nordeste. A previsão aponta risco de perdas agrícolas devido à geada em áreas de maior altitude, enquanto chuvas moderadas são esperadas no Norte e Nordeste.
O impacto do frio é sentido em diferentes intensidades pelo país. No Sul, a combinação de temperaturas baixas e alta umidade favorece a formação de geada. Já no Sudeste, o tempo seco predomina em algumas áreas, enquanto o litoral enfrenta chuviscos.
A massa de ar polar, responsável pelo declínio térmico, é um fenômeno típico do inverno brasileiro, mas sua intensidade nesta semana surpreende.
A região Sul do Brasil enfrenta temperaturas extremamente baixas, com mínimas entre 0°C e 5°C em cidades como Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. O Inmet alerta para geadas generalizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com risco para culturas agrícolas sensíveis, como hortaliças. Em São Paulo, as temperaturas podem atingir 7°C na capital, enquanto Belo Horizonte registra 8°C.
O frio intenso é resultado da alta pressão subtropical do Atlântico Sul, que inibe a formação de nuvens, intensificando o resfriamento noturno.
Enquanto o Sul e o Sudeste enfrentam o frio, o Norte e o Nordeste lidam com chuvas moderadas, com acumulados de 30 a 50 mm por hora em estados como Acre, Amazonas, Pará, Pernambuco e Alagoas. A umidade elevada no litoral nordestino é causada por ventos costeiros, que também afetam Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) deslocada para o norte reduz as chuvas na porção norte da região Norte, enquanto o leste do Nordeste mantém precipitações constantes.
A geada representa uma ameaça significativa para a agricultura, especialmente em áreas de maior altitude no Sul e Sudeste. Culturas como hortaliças e frutíferas podem sofrer perdas, segundo o Inmet. No Centro-Oeste, o tempo seco e quente, com umidade entre 15% e 30% em cidades como Cuiabá, exige cuidados com a hidratação e proteção contra incêndios.
Produtores rurais no Sul devem monitorar as condições climáticas e adotar medidas preventivas para minimizar danos às lavouras.
A massa de ar polar começa a perder força a partir de quinta-feira (31/7), mas o frio persiste no Sul até o fim de semana. No Sudeste, as temperaturas sobem gradualmente, com máximas de 23°C em São Paulo e 24°C no Rio de Janeiro. O Norte e o Nordeste devem manter o padrão de chuvas localizadas, enquanto o Centro-Oeste enfrenta calor intenso, com termômetros chegando a 39°C em Cuiabá.
O Inmet recomenda acompanhar os avisos meteorológicos diários para atualizações.
A neutralidade climática no Pacífico Equatorial, sem a influência de El Niño ou La Niña, contribui para o padrão atual do inverno de 2025. A ausência desses fenômenos permite a entrada de massas de ar polar com maior frequência, mas sem a intensidade observada em anos anteriores. O aquecimento do Atlântico Tropical Norte, por outro lado, intensifica as chuvas no leste do Nordeste.
A previsão indica que agosto terá mais dias frios no centro-sul do Brasil, mas com temperaturas dentro ou acima da média na maioria das regiões.
O frio intenso e o tempo seco exigem atenção redobrada com a saúde. A baixa umidade no Centro-Oeste e no interior do Nordeste pode causar problemas respiratórios, enquanto o frio no Sul e Sudeste aumenta o risco de doenças sazonais.
A população deve estar atenta a sintomas como ressecamento da pele e dificuldades respiratórias, principalmente em áreas de baixa umidade.
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