Osmar Stabile foi eleito presidente do Sport Club Corinthians Paulista na noite desta segunda-feira, 25 de agosto de 2025, em uma votação indireta realizada pelo Conselho Deliberativo no Parque São Jorge, zona leste de São Paulo. O empresário, que já ocupava o cargo interinamente desde maio, após o afastamento de Augusto Melo por um processo de impeachment, conquistou 199 dos 265 votos, garantindo a liderança do clube até o fim de 2026. A eleição, marcada por um clima tranquilo, definiu também Leonardo Pantaleão como vice-presidente do Conselho Deliberativo e presidente da Comissão de Ética. A escolha de Stabile reflete a busca por continuidade na gestão, em meio a protestos de torcedores que cobram reformas no estatuto do clube. O processo foi desencadeado pela destituição de Melo, acusado de irregularidades em contratos, e agora o novo mandatário enfrenta desafios como o transfer ban imposto pela Fifa.
O pleito reuniu 265 conselheiros, sendo 191 trienais e 74 vitalícios, em um processo restrito ao Conselho Deliberativo, sem participação direta dos associados. Stabile superou Antonio Roque Citadini, que obteve 50 votos, e André Castro, com apenas 14 votos, além de um voto em branco. A vitória expressiva consolida a força política do empresário, conhecido por sua trajetória no clube e pela atuação no ramo metalúrgico.
A escolha de Stabile marca o encerramento de um período de instabilidade política no Corinthians, mas também reacende debates sobre a governança do clube, com torcedores exigindo maior transparência e participação popular nas decisões.
Osmar Stabile, de 71 anos, é uma figura conhecida nos bastidores do Corinthians. Conselheiro vitalício desde 2006, ele já tentou a presidência em 2007 e 2009, sendo derrotado por Andrés Sanchez em ambas as ocasiões. Também concorreu como vice-presidente em 2012, 2015 e 2018, sem sucesso, mas integrou a chapa vitoriosa de Augusto Melo em 2023, como primeiro vice-presidente. Sua experiência no clube inclui a gestão de esportes terrestres durante a administração de Alberto Dualib, no início dos anos 2000.
Fora do Corinthians, Stabile é empresário e sócio da Bendsteel, uma empresa de usinagem, tornearia e solda, fundada em 1997. Sua trajetória profissional e política no clube o credenciou para assumir interinamente a presidência em maio de 2025, após o afastamento de Melo. Durante o período interino, Stabile buscou estabilizar a gestão, mantendo a base da diretoria e enfrentando crises como a punição da Fifa, que impede o clube de registrar novos jogadores devido a uma dívida de R$ 33 milhões com o Santos Laguna, referente à compra do zagueiro Félix Torres.
A eleição de Stabile foi vista como uma continuidade da gestão interina, com a manutenção de Armando Mendonça como vice-presidente e a preservação da estrutura administrativa atual.
Além da escolha do presidente, o Conselho Deliberativo elegeu Leonardo Pantaleão como vice-presidente do órgão e, automaticamente, presidente da Comissão de Ética e Disciplina. O advogado criminalista, ex-diretor jurídico do clube, recebeu 119 votos, superando Peterson Ruan Aiello do Couto Ramos, com 75 votos, e Rodrigo Vicente Bittar, com 64 votos. A função de Pantaleão será crucial para investigar denúncias de irregularidades, incluindo gastos questionáveis de ex-presidentes como Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.
Pantaleão, que também deixou o cargo de superintendente de negócios jurídicos na diretoria executiva, assume um papel estratégico. A Comissão de Ética é responsável por analisar requerimentos disciplinares, um tema sensível em meio às recentes turbulências políticas do clube. Sua eleição reforça a tentativa de fortalecer a governança interna, especialmente após o escândalo envolvendo o contrato com a antiga patrocinadora Vai de Bet, que culminou no impeachment de Augusto Melo.
A escolha de Pantaleão foi bem recebida por conselheiros que buscam maior rigor na fiscalização das contas e contratos do clube.
Enquanto a votação ocorria no Parque São Jorge, um grupo de cerca de 100 torcedores, incluindo membros da Gaviões da Fiel, se reuniu do lado de fora da sede social. Com faixas e cartazes, eles cobraram mudanças no estatuto do Corinthians, incluindo o direito de voto para sócios-torcedores em eleições presidenciais. As mensagens também criticavam ex-presidentes, como Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves, e exigiam maior transparência na gestão.
Entre os protestos, torcedores exibiram notas falsas de R$ 100 com rostos de dirigentes e a frase “Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”. A mobilização reflete a insatisfação com o modelo de eleição indireta, restrito aos conselheiros, e a percepção de que o clube precisa de reformas estruturais para evitar novos escândalos.
Os protestos, embora pacíficos, sinalizam que a torcida espera ações concretas de Stabile para atender às demandas populares.
Osmar Stabile assume a presidência em um momento delicado para o Corinthians. O transfer ban imposto pela Fifa, devido à dívida com o Santos Laguna, é uma das prioridades. A punição impede o clube de registrar novos jogadores, o que pode impactar o desempenho no Brasileirão e na Copa do Brasil. Além disso, Stabile precisa lidar com a instabilidade política gerada pelo impeachment de Augusto Melo, acusado de irregularidades em contratos, e com a pressão por maior equilíbrio financeiro.
O clube também enfrenta desafios no campo esportivo. Apesar de avanços recentes sob o comando do técnico Dorival Júnior, a torcida cobra resultados consistentes. A manutenção da base da diretoria, incluindo Armando Mendonça como vice, sugere que Stabile apostará na continuidade para enfrentar essas questões, mas a pressão por mudanças estruturais permanece.
A eleição de Stabile ocorreu em um formato indireto, restrito aos conselheiros, devido ao impeachment de Augusto Melo, confirmado em 9 de agosto. Melo foi afastado em maio, após denúncias de irregularidades no contrato com a Vai de Bet, que o acusavam de lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado. Ele nega as acusações, alegando ser vítima de um processo ilegítimo.
O modelo de votação, que exclui os associados, gerou críticas de torcedores, que defendem um sistema mais democrático. A escolha de Stabile, no entanto, foi vista como uma solução de continuidade, já que ele já vinha gerindo o clube interinamente. A eleição também marcou a saída de Melo do cenário político do Corinthians, com seu grupo de apoio se dividindo entre Stabile e Citadini.
Antonio Roque Citadini, conselheiro vitalício e ex-vice-presidente na gestão de Alberto Dualib, foi o principal adversário de Stabile, mas obteve apenas 50 votos. Citadini, que se aposentou recentemente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, ganhou apoio de parte do grupo Renovação e Transparência, liderado por Andrés Sanchez. Ele defendia o equilíbrio fiscal e a contratação de um executivo de futebol com perfil ligado ao clube, mas não conseguiu mobilizar votos suficientes.
André Castro, conselheiro desde 2024, foi o terceiro colocado, com 14 votos. Apesar de ter prometido um aporte de US$ 1 bilhão por meio de um banco de fomento mercantil, sua candidatura foi vista como pouco articulada politicamente. A proposta gerou ceticismo entre conselheiros, que preferiram a experiência de Stabile.
Com a eleição de Osmar Stabile, o Corinthians entra em uma nova fase, com a missão de recuperar a estabilidade política e financeira. O presidente terá até dezembro de 2026 para implementar mudanças e atender às expectativas da torcida. A continuidade da diretoria atual pode facilitar a gestão, mas a pressão por reformas no estatuto e maior transparência deve continuar.
A escolha de Leonardo Pantaleão para a Comissão de Ética reforça a tentativa de fortalecer a governança interna, enquanto a torcida mantém a mobilização por mudanças estruturais. Stabile, com sua experiência no clube e no setor empresarial, terá o desafio de unir os diferentes grupos políticos e liderar o Corinthians em um período de reconstrução.
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