A administração Trump anunciou, em 15 de agosto de 2025, uma nova política que intensifica a análise do “bom caráter moral” para imigrantes que buscam a cidadania americana, alterando significativamente o processo de naturalização. A medida, implementada pela Agência de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS), orienta oficiais a adotarem uma abordagem mais ampla e detalhada ao avaliar candidatos, indo além da ausência de crimes graves. A mudança ocorre em Washington, D.C., e faz parte de esforços para reforçar o controle sobre benefícios migratórios. A justificativa é garantir que apenas pessoas alinhadas aos valores, cultura e história dos EUA obtenham a cidadania, considerada um privilégio elevado. A política gerou debates, com críticos apontando intenções de dificultar o acesso à naturalização para imigrantes legais. O processo agora exige evidências de contribuições positivas à sociedade e maior escrutínio de comportamentos, mesmo os legalmente permitidos.
A nova diretriz afeta diretamente os cerca de 600 mil a 1 milhão de imigrantes que se tornam cidadãos americanos anualmente. Green card holders, que podem solicitar a cidadania após três ou cinco anos de residência legal, enfrentam agora um exame mais subjetivo. A política visa assegurar que os candidatos demonstrem não apenas conformidade com a lei, mas também um compromisso ativo com as normas sociais e éticas do país.
O anúncio gerou reações mistas, com defensores elogiando o rigor e críticos alertando para possíveis barreiras desnecessárias. A medida reflete uma postura mais restritiva em relação à imigração legal, alinhada com outras ações da administração Trump, como a redução de admissões de refugiados.
A política da USCIS, publicada em um memorando oficial, redefine o conceito de “bom caráter moral”, exigindo uma avaliação holística do comportamento dos candidatos. Anteriormente, o critério era satisfeito com a ausência de crimes graves, como homicídio, delitos relacionados a drogas ou comportamento de “bêbado habitual”. Agora, os oficiais devem considerar fatores positivos, como tempo de residência legal nos EUA, pagamento de impostos e envolvimento em atividades comunitárias.
A diretriz também amplia os critérios de exclusão, incluindo ações que, embora legais, podem ser vistas como contrárias às normas da comunidade. Por exemplo, infrações de trânsito recorrentes ou comportamentos como assédio podem pesar contra o candidato. Essa mudança confere maior discricionariedade aos oficiais, o que preocupa especialistas, que temem subjetividade excessiva no processo.
A abordagem mais abrangente busca equilibrar a análise entre virtudes e falhas, mas críticos apontam que a inclusão de infrações menores pode complicar o processo para muitos candidatos qualificados.
A nova política gerou críticas de especialistas e defensores dos direitos dos imigrantes. Um ex-oficial da USCIS durante a administração Biden sugeriu que a medida visa intimidar imigrantes legais, desencorajando pedidos de cidadania. Ele destacou que a inclusão de infrações leves, como multas de trânsito, pode ser interpretada como uma tentativa de expandir os motivos para negativa de aplicações.
Por outro lado, a USCIS defende que a diretriz fortalece a integridade do sistema migratório. Um porta-voz da agência afirmou que a cidadania americana é um privilégio reservado aos “melhores dos melhores”, que devem demonstrar alinhamento com a cultura e os valores do país. A política também incentiva a apresentação de evidências de reabilitação, como cartas de apoio da comunidade ou cumprimento de obrigações financeiras atrasadas, para candidatos com infrações no passado.
A mudança ocorre em um momento de crescente apoio público à imigração, conforme indicado por pesquisas recentes, que mostram que cerca de 79% dos americanos veem a imigração como algo positivo, um aumento significativo em relação ao ano anterior.
A administração Trump tem adotado uma postura rígida em relação à imigração, tanto legal quanto ilegal. Além da nova regra para cidadania, o governo implementou medidas como a redução drástica de admissões de refugiados, a revogação de programas de entrada legal da era Biden e a ampliação da triagem de mídias sociais para candidatos a benefícios migratórios. Essas ações refletem uma abordagem mais restritiva, que contrasta com o crescente apoio público a políticas pró-imigração.
A nova diretriz da USCIS é vista como parte de um esforço maior para limitar o acesso a benefícios migratórios, incluindo vistos e green cards. A política também reforça a narrativa de que a cidadania americana deve ser um privilégio conquistado por meio de um comportamento exemplar, alinhado aos valores nacionais.
A combinação dessas políticas cria um ambiente mais desafiador para imigrantes legais que buscam a naturalização, aumentando a pressão para que demonstrem contribuições excepcionais à sociedade americana.
Para os imigrantes que planejam solicitar a cidadania, a nova política exige uma preparação mais detalhada. Além de atender aos requisitos tradicionais, como residência legal por três a cinco anos e aprovação em testes de inglês e civismo, os candidatos agora precisam reunir evidências de seu impacto positivo na comunidade. Isso pode incluir documentação de trabalho voluntário, cartas de recomendação ou comprovantes de pagamento de impostos.
A inclusão de comportamentos socialmente questionáveis como critérios de exclusão também significa que os candidatos devem estar atentos a infrações menores. Por exemplo, multas de trânsito frequentes ou pequenos conflitos com a lei podem ser usados para questionar o caráter moral do candidato, mesmo que não sejam crimes graves.
A nova política entrou em vigor imediatamente após sua publicação, em 15 de agosto de 2025, e já está sendo aplicada em todos os processos de naturalização.
A ampliação do escopo do “bom caráter moral” reflete uma mudança significativa na forma como os EUA avaliam seus futuros cidadãos. A política dá aos oficiais da USCIS maior autoridade para interpretar o comportamento dos candidatos, o que pode levar a decisões mais subjetivas. Embora a medida seja apresentada como uma forma de fortalecer o sistema migratório, ela também levanta preocupações sobre possíveis desigualdades na aplicação da lei.
Imigrantes que buscam a cidadania agora enfrentam um processo mais complexo, com a necessidade de demonstrar não apenas conformidade legal, mas também um compromisso ativo com os valores americanos. A longo prazo, a política pode impactar o número de naturalizações, especialmente se os candidatos sentirem receio de enfrentar um escrutínio mais rigoroso.
A política de “bom caráter moral” é um marco na abordagem da administração Trump à imigração, reforçando a ideia de que a cidadania é um privilégio reservado a indivíduos que demonstrem excelência em sua conduta e contribuições.
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