
A Ram revelou a nova Dakota, picape média que chega ao Brasil em 2026 para competir com Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10. Apresentada como conceito Nightfall em São Paulo, no dia 13 de agosto de 2025, a novidade será produzida em Córdoba, Argentina, e promete design exclusivo e interior mais sofisticado que a Fiat Titano, sua base. Com motor 2.2 turbodiesel de 200 cv e tração 4×4, a Dakota resgata um nome histórico da Dodge, que marcou o mercado brasileiro entre 1998 e 2001. O modelo busca posicionamento premium, com foco em tecnologia e robustez.
A estratégia da Stellantis, grupo que controla a Ram, é clara: fortalecer a presença da marca no segmento de picapes médias, um dos mais disputados na América do Sul. A Dakota Nightfall Concept, exibida no evento, trouxe elementos como grade frontal com o nome “RAM” em destaque, faróis LED e suspensão elevada, sugerindo um visual aventureiro e moderno. A produção na Argentina começará em dezembro de 2025, com chegada ao Brasil no primeiro semestre de 2026.
- Principais diferenciais da Dakota:
- Design com identidade visual própria, distinta da Titano.
- Interior com acabamento premium e tecnologias avançadas.
- Motor 2.2 turbodiesel de 200 cv, câmbio automático de 8 ou 9 marchas.
- Tração 4×4 e suspensão elevada para uso off-road.
A escolha do nome Dakota reforça a conexão emocional com consumidores que lembram da picape Dodge, produzida no Brasil até 2001. A Ram aposta na nostalgia, mas com um produto atualizado para enfrentar rivais consolidadas.
Visual marcante e identidade única
A nova Dakota se destaca pelo design robusto, que reflete o DNA da Ram. A dianteira exibe uma grade ampla com o logotipo “RAM” vazado, conectada por uma faixa de LED que integra os faróis estreitos, também em LED. O capô esportivo traz entradas de ar iluminadas por três pontos de luz laranja, uma homenagem a modelos clássicos da marca. O para-choque reforçado inclui ganchos de reboque e um guincho elétrico, destacando a vocação off-road. A carroceria apresenta linhas retas e musculosas, com suspensão elevada Fox e pneus todo-terreno de 33 polegadas, montados em rodas de 18 polegadas com beadlock.
Na traseira, o conceito Nightfall trouxe um estepe fixado em um Rambar exclusivo, equipado com luzes LED de longo alcance. As lanternas, também em LED, têm disposição única, e a tampa da caçamba exibe o emblema “RAM” em letras grandes. Apesar de ser um conceito, a versão de produção deve manter a maioria desses elementos, com ajustes para viabilizar a fabricação em larga escala. A pintura exclusiva com grafismos reforça o caráter aventureiro, enquanto molduras pretas nas caixas de roda e estribos laterais completam o visual.
- Elementos de design da Dakota Nightfall:
- Grade frontal com logotipo “RAM” e faixa de LED integrada.
- Faróis estreitos com LEDs diurnos e capô com entradas de ar.
- Suspensão elevada Fox e pneus off-road de 33 polegadas.
- Rambar traseiro com luzes LED e estepe aparente.
- Lanternas LED redesenhadas e para-choque com ganchos de reboque.
O visual da Dakota a diferencia da Fiat Titano, com quem compartilha a plataforma derivada da Changan Hunter. Enquanto a Titano foca em praticidade, a Dakota busca atrair consumidores que valorizam estilo e exclusividade.
Interior refinado eleva o padrão
Embora a Ram não tenha revelado imagens oficiais do interior, projeções e flagras indicam que a Dakota terá uma cabine sofisticada, distinta da Titano. Inspirada na Changan Hunter mais recente, a picape contará com um painel moderno, com duas telas digitais de 12 polegadas cada, uma para o quadro de instrumentos e outra para a central multimídia. O console central elevado traz comandos acessíveis, incluindo um botão giratório para trocas de marchas, comum em outros modelos da Ram. Materiais de toque suave, bancos revestidos em couro e acabamentos premium reforçam o posicionamento de luxo.
A Dakota também deve oferecer tecnologias avançadas, como ar-condicionado de duas zonas, freio de estacionamento eletrônico e pacote ADAS de segurança ativa, incluindo frenagem automática de emergência, monitoramento de ponto cego e piloto automático adaptativo. A ergonomia foi pensada para o conforto do motorista, com volante multifuncional de base achatada e saídas de ar horizontais. Comparada à Titano, que mantém um painel mais simples, a Dakota eleva o padrão com itens exclusivos.
- Tecnologias esperadas no interior:
- Duas telas digitais de 12 polegadas para multimídia e instrumentos.
- Pacote ADAS com frenagem de emergência e monitoramento de ponto cego.
- Bancos em couro com regulagem elétrica e ar-condicionado dual zone.
- Volante multifuncional e botão giratório para câmbio.
- Carregador de celular por indução e conectividade avançada.
A cabine da Dakota foi projetada para competir com as versões topo de linha de Hilux, Ranger e S10, oferecendo um ambiente mais sofisticado e tecnológico. A Ram aposta na diferenciação para conquistar consumidores exigentes no segmento.

Desempenho robusto para o segmento
Sob o capô, a Dakota manterá o motor 2.2 turbodiesel de 200 cv e 45,9 kgfm de torque, já utilizado em outros modelos da Stellantis, como Rampage, Commander, Toro e Titano. O propulsor é acoplado a um câmbio automático de oito ou nove marchas, com tração 4×4 sob demanda, ideal para uso em terrenos variados. A suspensão dianteira usa braços sobrepostos, enquanto a traseira adota eixo rígido, priorizando resistência em condições de trabalho pesado. A aceleração de 0 a 100 km/h deve ficar abaixo de 10 segundos, desempenho competitivo no segmento.
A Dakota também traz freios a disco nas quatro rodas e modos de condução ajustáveis, que otimizam a tração em diferentes superfícies. Embora não haja menção a um motor a gasolina, como o Hurricane 2.0 turbo de 272 cv, o conjunto diesel atende à demanda do mercado sul-americano por eficiência e torque. As dimensões devem ser próximas às da Titano: 5,33 m de comprimento, 1,96 m de largura, 1,85 m de altura, com entre-eixos de 3,18 m e caçamba de 1.314 litros, capaz de carregar até 1.040 kg.
- Especificações técnicas principais:
- Motor 2.2 turbodiesel, 200 cv, 45,9 kgfm de torque.
- Câmbio automático de 8 ou 9 marchas, tração 4×4.
- Suspensão elevada Fox e freios a disco nas quatro rodas.
- Caçamba com capacidade de 1.314 litros e carga de 1.040 kg.
- Aceleração de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos.
O conjunto mecânico garante que a Dakota enfrente rivais como Hilux e Ranger com desempenho à altura, combinando potência e versatilidade para uso urbano e off-road.
Posicionamento premium no mercado
A Ram posiciona a Dakota como uma opção premium no segmento de picapes médias, com preços iniciais estimados na faixa dos R$ 300 mil, próximos às versões topo de linha de Hilux, Ranger e S10. Diferente da Titano, que parte de R$ 233.990 e foca em custo-benefício, a Dakota mira consumidores que buscam sofisticação sem abrir mão da robustez. A estratégia da Stellantis é clara: usar o prestígio da marca Ram para atrair um público disposto a pagar mais por design, tecnologia e exclusividade.
A produção em Córdoba, Argentina, faz parte de um investimento de R$ 2 bilhões da Stellantis para transformar a planta em um hub regional de picapes. A Dakota será o segundo modelo produzido no local, ao lado da Titano, aproveitando a logística eficiente e a experiência da montadora. O lançamento na Argentina está marcado para dezembro de 2025, enquanto o Brasil verá a picape nas concessionárias no início de 2026. A Ram espera repetir o sucesso da Rampage, que já conquistou espaço no mercado brasileiro.
- Fatores que destacam a Dakota no mercado:
- Posicionamento premium, com preços a partir de R$ 300 mil.
- Produção em Córdoba, com investimento de R$ 2 bilhões.
- Foco em design exclusivo e tecnologias de ponta.
- Resgate do nome Dakota para conexão emocional com o público.
- Competição direta com Hilux, Ranger e S10 em versões topo.
A Dakota chega com a missão de consolidar a Ram como referência em picapes médias na América do Sul, combinando tradição e inovação para enfrentar um segmento altamente competitivo.
Estratégia da Stellantis para a região
A Stellantis vê na Dakota uma oportunidade de expandir sua presença na América do Sul, onde o mercado de picapes médias é dominado por marcas como Toyota, Ford e Chevrolet. A escolha de Córdoba como base de produção reflete a aposta na eficiência logística e na capacidade de atender à demanda regional. O investimento de US$ 385 milhões na planta argentina permitirá à Stellantis aumentar a produção e diversificar sua oferta, com a Dakota como peça-chave.
A marca Ram tem crescido no Brasil, passando de 600 unidades licenciadas em 2019 para uma meta de 30 mil veículos em 2025. A Dakota reforça essa trajetória, ocupando um espaço entre a Rampage, mais acessível, e a Ram 1500, voltada para o segmento de luxo. A estratégia inclui não apenas competir em preço, mas oferecer um pacote completo de design, tecnologia e desempenho, atraindo desde consumidores urbanos até aqueles que precisam de uma picape robusta para o trabalho.
- Pilares da estratégia da Stellantis:
- Expansão da marca Ram no segmento de picapes médias.
- Investimento de US$ 385 milhões na planta de Córdoba.
- Produção regional para atender Brasil e Argentina.
- Posicionamento premium para atrair consumidores exigentes.
- Aproveitamento da nostalgia do nome Dakota.
Com a Dakota, a Stellantis busca consolidar a Ram como sinônimo de inovação e qualidade, desafiando as líderes do mercado com um produto que combina história, tecnologia e robustez.
