Ivana Fuso, meia-atacante recém-contratada pelo Corinthians, assistiu da arquibancada a mais uma conquista histórica do time feminino. A vitória sobre o Cruzeiro por 1 a 0, na Neo Química Arena, garantiu o sétimo título do Brasileirão Feminino em 2025. Apesar de não ter atuado na campanha, a jogadora de 24 anos demonstrou orgulho pela equipe durante entrevista no estádio.
O gol decisivo veio dos pés da lateral Thaís Ferreira, aos quatro minutos do segundo tempo, definindo o placar agregado de 3 a 2 após o empate na ida. Mais de 41 mil torcedores lotaram o local, gerando a maior renda da história do futebol feminino no país, superior a R$ 1,2 milhão. Ivana, nascida em Salvador mas com carreira na Europa, chegou ao clube em julho, mas enfrentou obstáculos para estrear.
A jogadora enfatizou a sensação de pertencimento ao grupo, mesmo sem pisar no gramado para a final. Sua trajetória inclui passagens por clubes como Manchester United e Bayer Leverkusen, onde acumulou experiência em ligas competitivas. No Brasil, o processo de adaptação se complicou por questões documentais, mas ela já se integra aos treinos diários.
O trâmite para inscrever Ivana no Brasileirão envolveu a emissão de documentos essenciais, como o Registro Geral, devido à sua cidadania brasileira adquirida após nascimento na Alemanha. Nascida em Salvador, mas criada na Europa, ela precisou traduzir certidões e aguardar aprovações que se estenderam além do prazo estipulado pela CBF para a fase mata-mata. Esse tipo de demora afeta reforços com dupla nacionalidade, diferentemente de estrangeiras que usam o RNE.
O clube tentou agilizar junto à prefeitura e à Federação Paulista, mas o registro no Boletim Informativo Diário só saiu em agosto, após o limite para novas inscrições no nacional. Íris Sesso, diretora do departamento feminino, liderou os esforços, mas o atraso impediu a meia-atacante de participar das quartas contra o Bahia. Piccinato, em coletiva, lamentou a situação, destacando que processos semelhantes demoram mais para atletas com status híbrido.
Apesar disso, Ivana já está apta para outras disputas. Ela treina com intensidade na Fazendinha, centro de treinamento do Corinthians, e demonstra versatilidade como meia ou atacante. Sua chegada visa fortalecer o elenco para o segundo semestre, especialmente em torneios internacionais.
O impacto desses atrasos vai além do individual, revelando gargalos na estrutura administrativa do futebol brasileiro. Atletas vindas do exterior frequentemente enfrentam barreiras semelhantes, o que pode desencorajar contratações. No caso de Ivana, sua experiência em ligas europeias, como a Women’s Super League, poderia ter adicionado qualidade à campanha vitoriosa.
Ivana iniciou sua carreira no Freiburg, na Alemanha, onde jogou nas categorias de base e chamou atenção pela velocidade e visão de jogo. Aos 18 anos, transferiu-se para o Basel, na Suíça, marcando seus primeiros gols profissionais. A passagem pelo Manchester United, em 2020, marcou um ponto alto, com atuações na FA Cup e na liga inglesa, onde contribuiu com assistências decisivas.
De volta à Alemanha, defendeu o Bayer Leverkusen por duas temporadas, consolidando-se como peça chave no meio-campo. Em 2023, assinou com o Birmingham, na segunda divisão inglesa, onde disputou mais de 30 partidas na última campanha. Sua convocação para a Seleção Brasileira principal, em 2021, veio após passagens pela base alemã, e ela participou do Torneio Internacional, ajudando na conquista contra Venezuela e Chile.
A escolha pelo Corinthians representou um sonho pessoal, como a própria admitiu em declarações iniciais. Contratada até 2027, Ivana traz bagagem de mais de 150 jogos em clubes europeus, com média de 0,3 gols por partida. Sua adaptação ao estilo brasileiro, mais físico e tático, exige ajustes, mas o treinador elogia sua inteligência em campo.
O retorno ao Brasil também envolveu suporte familiar, já que Ivana mantém laços com Salvador. Ela participou de treinos abertos à torcida, gerando expectativa entre os fãs. Apesar do hepta perdido, sua motivação permanece alta para contribuir em competições restantes.
Esses números reforçam o potencial de Ivana, que soma convocações para a Canarinho. Sua versatilidade permite atuações em diferentes posições, o que Piccinato planeja explorar em jogos futuros.
A final reuniu 41.130 espectadores, superando expectativas e quebrando recordes de renda. A torcida cantou durante os 90 minutos, criando atmosfera única que Ivana descreveu como inesquecível. Pela primeira vez vendo o estádio lotado, a meia-atacante sentiu o calor da Fiel, conhecida por apoio incondicional.
O jogo foi equilibrado, com o Cruzeiro pressionando no primeiro tempo e acertando a trave. As Brabas, capitaneadas por Gabi Zanotti, controlaram o ritmo após o intervalo, com Thaís Ferreira aproveitando cruzamento para o gol da vitória. A defesa, liderada por Nicole Ramos, evitou gols adversários, garantindo o título.
Ivana, ao lado de familiares e companheiras, vibrou intensamente com o apito final. Ela elogiou o coletivo, afirmando que vitórias do time são conquistas compartilhadas. A festa pós-jogo incluiu volta olímpica e premiação, com o troféu erguido sob fogos de artifício.
A Neo Química Arena, casa do Corinthians, se torna palco recorrente de glórias femininas, atraindo mais público a cada edição.
O técnico assumiu o comando em 2024 e já acumula dois títulos nacionais. Sua estratégia enfatiza posse de bola e transições rápidas, adaptadas ao elenco jovem. Piccinato integrou Ivana aos treinos desde julho, prevendo seu impacto em torneios paralelos.
Ele defendeu o respeito à história do clube em entrevistas, ecoando palavras de Ivana. Sob sua orientação, as Brabas superaram uma fase irregular na primeira rodada, terminando com 34 pontos e apenas uma derrota. O treinador destacou a resiliência contra o Cruzeiro, vice-campeão com campanha impressionante.
Piccinato planeja rodízio para evitar lesões, com Ivana como opção imediata na Copa do Brasil. Sua visão tática inclui escalações flexíveis, explorando a profundidade do banco.
O comando de Piccinato eleva o patamar do time, preparando para desafios continentais.
Ivana está disponível para o confronto contra o Juventude, pelas oitavas da Copa do Brasil, marcado para quarta-feira na Fazendinha. O jogo único exige foco total, com a meia-atacante cotada para titular. O Paulista segue em fase decisiva, com semifinais agendadas para outubro.
A Libertadores, em novembro, representa oportunidade de glória internacional, onde o Corinthians busca bicampeonato. Ivana, com experiência europeia, pode ser peça chave nessas frentes. O elenco se prepara com amistosos e condicionamento físico intensivo.
Essas competições mantêm o ritmo alto, com Ivana ansiosa para estrear oficialmente.
A meia-atacante reforçou o espírito coletivo em suas falas, destacando que sucessos beneficiam todas. Companheiras como Gabi Zanotti e Byanca Brasil compartilharam a alegria, integrando Ivana à comemoração. O respeito à trajetória do Corinthians, com sete títulos em dez anos, é tema recorrente no vestiário.
O clube investe em estrutura, com centro de treinamento moderno e suporte psicológico. Ivana elogiou o ambiente, contrastando com a rigidez europeia. A diretoria planeja mais reforços para 2026, visando hegemonia contínua.
Essa coesão fortalece o projeto alvinegro no futebol feminino.
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