O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) avança nas investigações sobre possíveis fraudes e desvios financeiros no Sport Club Corinthians Paulista, com foco nas gestões dos ex-presidentes Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves. Conduzida pelo promotor Cassio Roberto Conserino, a apuração revelou indícios de uso irregular de cartões corporativos, envolvendo gastos incompatíveis com as atividades do clube, como a compra de um kit de babyliss por R$ 2.080,00 e pagamentos de R$ 32,5 mil a uma empresa de buffet que não opera no endereço registrado. O MP determinou a análise de cadastros comerciais e prestações de contas entre 2018 e 2023, além de recomendar a adoção de um sistema de compliance independente para prevenir irregularidades. A investigação, ainda em curso, busca esclarecer se houve desvios intencionais ou má gestão, em um momento de crise financeira para o clube.
As suspeitas surgem em um contexto de desafios para o Corinthians, que acumula dívidas superiores a R$ 1 bilhão, incluindo compromissos relacionados à Neo Química Arena. A apuração pode impactar a gestão atual e reforçar a necessidade de transparência no clube.
O Ministério Público intensificou a apuração após identificar movimentações financeiras que levantam dúvidas sobre a legitimidade de despesas realizadas com o cartão corporativo do Corinthians. Um dos casos mais emblemáticos é o pagamento de R$ 32,5 mil a uma empresa de buffet que, segundo o MP, não possui sede ativa no endereço declarado, sugerindo a possibilidade de ser uma empresa de fachada.
Outro ponto de destaque é a aquisição de um kit de babyliss por R$ 2.080,00, um gasto considerado incompatível com as necessidades de um clube de futebol. O MP também identificou que várias despesas foram assinadas por pessoas próximas à gestão, incluindo o motorista do ex-presidente Duilio Monteiro Alves, o que reforça as suspeitas de irregularidades.
O promotor Cassio Conserino determinou a verificação detalhada da situação cadastral de todas as empresas envolvidas nas transações suspeitas, com solicitações à Receita Federal e à Junta Comercial. A análise das prestações de contas do clube, de 2018 a 2023, será crucial para mapear o volume e a natureza das movimentações financeiras.
As gestões de Andrés Sanchez (2007-2012 e 2018-2021) e Duilio Monteiro Alves (2021-2023) estão no centro da investigação. Durante esses períodos, o Corinthians conquistou títulos importantes, mas também enfrentou dificuldades financeiras, agravadas pela construção da Neo Química Arena. O MP apura se o uso do cartão corporativo foi uma prática recorrente para encobrir gastos pessoais ou desviar recursos.
A investigação também examina a responsabilidade de conselheiros que aprovaram as contas do clube durante esses anos, questionando a falta de fiscalização interna.
As suspeitas de fraudes geraram indignação entre torcedores e conselheiros do Corinthians. Nas redes sociais, a torcida expressa frustração com a possibilidade de desvios em um momento em que o clube enfrenta dificuldades financeiras e esportivas. Muitos cobram punição para os responsáveis e maior transparência na gestão.
Conselheiros do clube, por sua vez, enfrentam críticas por terem aprovado contas que agora estão sob investigação. A pressão por reformas administrativas cresce, com a recomendação do MP para a implementação de um sistema de compliance sendo vista como uma medida urgente para restaurar a credibilidade do clube.
O Ministério Público estabeleceu diretrizes claras para a continuidade da investigação. Além da análise cadastral das empresas suspeitas, o MP requisitou documentos detalhados das prestações de contas do Corinthians entre 2018 e 2023. A cooperação do clube será essencial para agilizar o processo.
A implementação de um sistema de compliance autônomo é um passo crucial para evitar novas irregularidades e fortalecer a governança do Corinthians.
O Corinthians enfrenta uma dívida superior a R$ 1 bilhão, com parcelas significativas vinculadas à construção da Neo Química Arena. As gestões de Andrés e Duilio foram marcadas por esforços para gerir essa dívida, mas as suspeitas de desvios financeiros levantam questionamentos sobre a eficácia das decisões tomadas.
A investigação do MP pode resultar em sanções administrativas ou criminais, além de impactar a imagem do clube junto a patrocinadores e torcedores. A necessidade de maior rigor na gestão financeira dos clubes de futebol fica evidente, especialmente em um cenário onde a transparência é cada vez mais exigida.
O Ministério Público planeja intensificar a coleta de provas nas próximas semanas, com foco na análise de documentos financeiros e possíveis depoimentos de ex-dirigentes e funcionários. A colaboração do Corinthians será fundamental, mas qualquer resistência pode prolongar o processo e agravar as consequências.
A investigação em andamento pode servir como um marco para a modernização da gestão no futebol brasileiro, incentivando outros clubes a adotarem práticas mais transparentes e controles financeiros rigorosos.
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