A Polícia Militar da Paraíba realizou, na quarta-feira (13), uma operação de busca e apreensão na residência do influenciador Hytalo Santos, em João Pessoa, sob ordem da 1ª Vara da Infância e Juventude. Investigado por suposta exploração e exposição de crianças e adolescentes em conteúdos digitais, Santos não foi encontrado no local, e o condomínio informou que ele retirou equipamentos eletrônicos antes da chegada das autoridades. A Justiça determinou a suspensão imediata de seus perfis nas redes sociais e a remoção de vídeos com menores, além de proibir contato com adolescentes citados no processo. No mesmo dia, a defesa do influenciador anunciou que está abandonando o caso, intensificando a crise envolvendo o paraibano. A operação é parte de uma investigação iniciada em 2024 pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que apura denúncias de vizinhos sobre eventos inadequados no condomínio onde Santos reside.
A ação judicial ganhou destaque após denúncias públicas, incluindo um vídeo do influenciador Felca, que acusou Santos de explorar menores para ampliar engajamento. A residência, localizada no bairro Portal do Sol, foi encontrada vazia, com portas trancadas e uma máquina de lavar ligada, sugerindo uma saída apressada. A promotora Ana Maria França, responsável pelo inquérito, detalhou que as investigações começaram após relatos de festas com bebidas alcoólicas e comportamentos inadequados envolvendo adolescentes.
A operação conduzida pela Polícia Militar teve como objetivo coletar evidências materiais, como celulares, computadores, câmeras e pendrives, que seriam submetidos a perícia. O mandado, expedido pelo juiz Adhailton Lacet Correia Porto, foi cumprido por volta das 16h30, mas os agentes encontraram a casa esvaziada. Imagens divulgadas mostram portas fechadas e louças organizadas, reforçando a suspeita de que Santos deixou o local às pressas. O juiz alertou que, caso a saída do influenciador seja interpretada como obstrução à Justiça, um mandado de prisão preventiva pode ser emitido.
O condomínio informou às autoridades que Santos foi visto retirando equipamentos em um veículo antes da chegada dos policiais. Essa informação levantou questionamentos sobre como o influenciador soube da operação. A promotora Ana Maria França destacou que o MPPB já ouviu Santos em 30 de maio de 2025, em Bayeux, e que as vítimas não foram interrogadas novamente para evitar revitimização.
As acusações contra Hytalo Santos ganharam força após um vídeo publicado pelo youtuber Felca, que denunciou a exploração de menores em conteúdos com cunho sensual. O caso envolve a jovem Kamylinha Santos, de 17 anos, cuja conta também foi desativada por promover casas de apostas, segundo a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda. O Ministério Público da Paraíba investiga Santos desde 2024, com base em relatos de vizinhos sobre eventos inadequados, como festas com bebidas alcoólicas e adolescentes em situações expostas.
A promotora Ana Maria França relatou que as denúncias iniciais partiram de condôminos incomodados com o comportamento no residencial. Entre os relatos, estão adolescentes circulando em motos sem camisa para exibir tatuagens e festas noturnas que perturbavam a vizinhança. Esses eventos motivaram a abertura de uma ação civil pública, que resultou nas medidas judiciais recentes.
A Justiça determinou que plataformas como Meta (Instagram e Facebook), Google (YouTube) e TikTok suspendam os perfis de Santos e removam conteúdos com crianças e adolescentes. O TikTok informou que baniu o perfil do influenciador pela segunda vez em 2025, após uma suspensão em 2023. O YouTube, embora não intimado, começou a desmonetizar o canal e restringir vídeos para maiores de 18 anos. No entanto, até a tarde de 13 de agosto, contas no Instagram e Facebook permaneciam ativas, o que levou o Jornal Nacional a questionar a Meta, sem resposta até o momento.
A desativação da conta de Santos no Instagram ocorreu em 8 de agosto, após a denúncia de Felca, mas não está claro se foi iniciativa da plataforma ou ordem judicial. A Secretaria de Prêmios e Apostas também bloqueou a conta de Kamylinha Santos por publicidade irregular, reforçando a gravidade das acusações.
A saída da defesa de Hytalo Santos, anunciada no mesmo dia da operação, marca um ponto crítico no caso. A decisão foi comunicada durante o Jornal Nacional, mas os advogados não detalharam os motivos do abandono. Especialistas apontam que a ausência de representação legal pode complicar a situação do influenciador, especialmente se a Justiça interpretar sua saída do condomínio como tentativa de obstruir as investigações.
O juiz Adhailton Lacet Correia Porto destacou que a análise do Ministério Público será decisiva para determinar se um mandado de prisão preventiva será necessário. A promotora Ana Maria França reforçou que o objetivo é proteger os menores envolvidos, com medidas como acolhimento institucional, se necessário.
Hytalo Santos, natural de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, ganhou fama no TikTok com vídeos de dancinhas e rotinas em sua residência, semelhante ao estilo de Carlinhos Maia. Com mais de 12 milhões de seguidores no Instagram e 5 milhões no YouTube, ele se apresenta como líder de uma “família” de jovens, chamados de “filhas” e “genros”. No entanto, o conteúdo tem sido alvo de críticas por expor menores em situações inadequadas, como danças sensuais e eventos festivos.
O caso ganhou repercussão nacional após as denúncias de Felca, que apontou a exploração comercial de adolescentes, incluindo Kamylinha Santos. A investigação do MPPB também revelou relatos de ex-funcionários do condomínio, que mencionaram consumo de drogas e preservativos descartados no local, agravando as acusações contra Santos.
A Justiça da Paraíba priorizou a proteção dos adolescentes envolvidos, proibindo Santos de manter contato com eles e determinando a remoção de conteúdos que os exponham. A conselheira tutelar Verônica Oliveira destacou a importância do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) para combater a exploração. Ela enfatizou que a sociedade deve denunciar casos semelhantes para garantir a responsabilização.
O MPPB informou que as vítimas não serão ouvidas novamente, para evitar traumas adicionais, mas as investigações prosseguem em duas frentes, em Bayeux e João Pessoa. O relatório final do inquérito está previsto para a próxima semana, podendo trazer novos desdobramentos.
O caso de Hytalo Santos reacendeu discussões sobre a exploração de menores nas redes sociais. A monetização de conteúdos com crianças e adolescentes tem sido alvo de críticas, especialmente em plataformas que permitem alto engajamento. A denúncia de Felca, com mais de 28 milhões de visualizações, ampliou o debate sobre a responsabilidade de influenciadores e plataformas digitais.
A promotora Ana Maria França destacou que a ação civil pública visa não apenas punir, mas também prevenir novos casos. A sociedade civil, por meio de conselhos tutelares e denúncias, tem desempenhado um papel crucial na identificação de irregularidades. O caso também expõe a necessidade de regulamentação mais rígida para conteúdos digitais envolvendo menores.
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