A Chevrolet apresentou o Tracker 2026, que chega às concessionárias brasileiras em julho de 2025 com a primeira reestilização desde o lançamento da atual geração, em 2020. O SUV compacto traz mudanças significativas na dianteira, interior renovado com telas integradas e ajustes no motor 1.0 turbo, que perdeu 5,5 cv para atender ao Programa Carro Sustentável. A polêmica correia banhada a óleo foi mantida, mas a montadora garante melhorias na durabilidade. Produzido em São Caetano do Sul (SP), o modelo busca se manter competitivo no segmento de SUVs compactos, enfrentando rivais como Honda WR-V e Jeep Compass. O que mudou no visual, no desempenho e nos preços? A seguir, todos os detalhes do lançamento.
O Tracker 2026 mantém sua posição como um dos SUVs mais vendidos do Brasil, mas a Chevrolet precisou adaptá-lo às novas exigências de emissões e sustentabilidade. A reestilização foca em modernizar o design e aprimorar a tecnologia embarcada, enquanto a polêmica em torno da correia banhada a óleo continua a gerar debates entre consumidores e especialistas.
O Tracker 2026 traz mudanças visuais concentradas na dianteira, com faróis de LED mais finos, divididos em dois blocos: luzes diurnas (DRLs) na parte superior e faróis principais logo abaixo. A grade frontal, no estilo colmeia, ficou maior e exibe uma barra cromada em todas as versões, exceto na esportiva RS, que adota acabamento preto. A traseira recebeu alterações sutis, com novo grafismo nas lanternas de LED e detalhes escurecidos na versão RS. As dimensões do SUV permanecem inalteradas: 4,27 m de comprimento, 1,79 m de largura, 1,62 m de altura e 2,57 m de entre-eixos. O porta-malas mantém a capacidade de 393 litros, suficiente para o uso familiar, mas sem avanços em relação à geração anterior.
No interior, o Tracker herda elementos da minivan Spin, como o painel de instrumentos digital de 8 polegadas integrado à central multimídia de 11 polegadas, levemente inclinado para o motorista. A conectividade foi mantida, com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de assistências OnStar, como rastreamento e suporte em emergências. O acabamento interno evoluiu, com materiais mais refinados nas versões topo de linha, como a Premier, que custa R$ 189.590. A ergonomia foi pensada para facilitar o acesso aos comandos, e a Chevrolet destaca a praticidade do layout para o dia a dia.
O motor 1.0 turbo de três cilindros, presente nas versões de entrada, foi recalibrado para atender às normas do Programa Carro Sustentável, que incentiva veículos com menor impacto ambiental. Agora, ele entrega 115,5 cv com gasolina e etanol, uma redução de 5,5 cv em relação aos 121 cv de 2024. O torque também foi ajustado para 18,9 kgfm com etanol e 18,3 kgfm com gasolina. O câmbio automático de seis marchas foi mantido, garantindo trocas suaves e eficiência no consumo.
A versão topo de linha Premier, testada por especialistas, utiliza o motor 1.2 turbo flex, também de três cilindros, com até 141 cv e 22,9 kgfm de torque. Esse propulsor oferece desempenho mais robusto, ideal para quem busca agilidade em ambientes urbanos e rodoviários. Apesar dos ajustes, a Chevrolet garante que o consumo de combustível foi otimizado, embora números oficiais ainda não tenham sido divulgados.
O Chevrolet Tracker 2026 está disponível em cinco versões, com preços que variam de R$ 119.900 a R$ 190.590. A versão de entrada, AT, é a mais acessível, enquanto a RS, com apelo esportivo, lidera a tabela. A Chevrolet posiciona o Tracker como uma opção competitiva frente a rivais como Volkswagen T-Cross e Hyundai Creta, apostando em design e tecnologia para atrair consumidores.
A ausência de um sistema híbrido leve, presente em modelos concorrentes, é um ponto de atenção. A Chevrolet planeja introduzir a tecnologia de 48 volts, importada do Monza chinês, apenas em 2026. Esse sistema atuará como alternador, oferecendo um “boost” de potência em situações de maior exigência, mas sem tracionar as rodas diretamente.
A correia banhada a óleo, usada no lugar da tradicional corrente de comando, segue gerando discussões. Proprietários da geração atual relataram problemas como desgaste prematuro e até o “esfarelamento” da peça, muitas vezes associado ao uso de óleo fora das especificações recomendadas. A Chevrolet respondeu com uma nova formulação química para a correia, que promete maior resistência a manutenções inadequadas.
A marca reforça que a durabilidade do componente depende do uso do óleo correto, conforme indicado no Manual do Proprietário. Testes internos apontam que a nova correia suporta melhor condições adversas, mas a solução ainda divide opiniões. Especialistas recomendam que os proprietários sigam rigorosamente o plano de manutenção para evitar problemas.
O segmento de SUVs compactos é um dos mais disputados do Brasil, e o Tracker 2026 enfrenta concorrentes renovados, como o Honda WR-V, que ganhou mais equipamentos, e o Jeep Compass, que mantém a liderança em vendas. Desde o lançamento da geração atual, em 2020, o mercado evoluiu, com novos modelos e reestilizações que elevaram o padrão de tecnologia e conforto. O Tracker se destaca pelo equilíbrio entre preço, design e conectividade, mas a ausência de eletrificação pode limitar seu apelo em um mercado que valoriza soluções híbridas.
A Chevrolet aposta na tradição da marca e na rede de concessionárias para manter o Tracker entre os líderes de venda. Dados da Fenabrave mostram que o modelo figurou entre os cinco SUVs mais vendidos do Brasil em 2024, e a reestilização visa consolidar essa posição. A versão RS, com visual esportivo, é uma tentativa de atrair um público mais jovem, enquanto a Premier foca em consumidores que buscam sofisticação.
O Tracker 2026 mantém o pacote de segurança da geração anterior, com seis airbags, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa e frenagem automática de emergência nas versões mais equipadas. A central multimídia de 11 polegadas suporta atualizações remotas, garantindo que o sistema permaneça atualizado. O OnStar, serviço de concierge e rastreamento, continua sendo um diferencial, oferecendo suporte em casos de roubo ou acidentes.
A Chevrolet também investiu em assistências ao motorista, como alerta de colisão frontal e monitoramento de ponto cego, disponíveis a partir da versão LTZ. Esses recursos alinham o Tracker às expectativas do segmento, mas a marca ainda não incorporou tecnologias como condução semiautônoma, presente em alguns concorrentes.
A Chevrolet planeja manter o Tracker como um dos pilares de sua estratégia no Brasil. A introdução do sistema híbrido leve em 2026 deve reforçar a competitividade do modelo, especialmente em um mercado que valoriza eficiência energética. Enquanto isso, a reestilização de 2025 é um passo para manter o SUV atualizado, com foco em design e tecnologia. A marca também estuda novas cores e acabamentos para atrair diferentes perfis de consumidores.
O Tracker 2026 chega em um momento de alta concorrência, mas com argumentos sólidos para se manter relevante. O design renovado, a conectividade avançada e os preços competitivos são trunfos, mas a polêmica da correia banhada a óleo exige atenção dos proprietários. A Chevrolet parece confiante de que as melhorias na durabilidade do componente resolverão as críticas, mas o tempo dirá se a solução será suficiente.
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