A adultização infantil nas redes sociais, prática que expõe crianças a comportamentos e situações inadequadas para sua idade, ganhou destaque após denúncias do influenciador Felca, que mobilizou milhões com um vídeo viral. Publicado em 6 de agosto de 2025, o conteúdo de quase 50 minutos, com mais de 26 milhões de visualizações, expôs perfis que promovem danças sensuais e temas adultos com menores, gerando lucros por meio de monetização. A repercussão levou o presidente da Câmara, Hugo Motta, a anunciar, em 11 de agosto, a votação urgente de projetos para proteger crianças no ambiente digital. O caso, centrado em Brasília, reflete a urgência de regulamentar plataformas digitais, responsabilizando criadores de conteúdo e empresas de tecnologia. A iniciativa de Felca, aliada à pressão pública, reacendeu o debate sobre os limites éticos e legais da exposição infantil online.
A denúncia de Felca não apenas expôs casos específicos, como o do influenciador Hytalo Santos, mas também revelou falhas nos algoritmos das redes sociais, que amplificam conteúdos inadequados. A sociedade brasileira, sensibilizada, cobra ações concretas. O tema, agora na pauta do Congresso, pode redefinir como as plataformas digitais operam no país.
Felca, com mais de 20 milhões de seguidores, usou sua influência para destacar a gravidade da adultização infantil. Seu vídeo, intitulado “Adultização”, detalhou como criadores de conteúdo exploram crianças para atrair visualizações, muitas vezes com danças sensuais ou temas inadequados. Ele demonstrou, ao criar um perfil do zero, como os algoritmos das plataformas entregam conteúdos sugestivos em poucas horas. O caso de Hytalo Santos, influenciador paraibano, foi o principal alvo, com acusações de promover vídeos com menores em contextos adultos, como festas com bebidas alcoólicas. Após a denúncia, os perfis de Santos e da adolescente Kamylinha, que aparecia em seus vídeos, foram desativados no Instagram.
A mobilização gerada pelo vídeo de Felca alcançou figuras públicas, como a deputada Erika Hilton, que acionou a Polícia Federal para investigar os casos. O Ministério Público da Paraíba, que já apurava denúncias contra Santos desde 2024, intensificou as investigações. A pressão pública também levou a debates sobre a responsabilidade das plataformas digitais, que lucram com a disseminação desses conteúdos.
A adultização infantil ocorre quando crianças são expostas a comportamentos, responsabilidades ou estéticas típicas de adultos, comprometendo seu desenvolvimento. Segundo especialistas, como a psicóloga Ana Beatriz Chamat, a prática pode causar ansiedade, depressão e distorção da autoimagem. No ambiente digital, isso se manifesta em vídeos com poses sexualizadas, maquiagens exageradas ou linguajar inadequado, muitas vezes incentivados por responsáveis em busca de engajamento.
O Instituto Alana, referência em proteção à infância, alerta que a exposição precoce a esses conteúdos rouba das crianças o direito de viverem plenamente sua fase de desenvolvimento. A prática, amplificada pelas redes sociais, exige ações urgentes de regulamentação.
Hugo Motta, presidente da Câmara, anunciou a priorização de projetos como o PL 2628/2022, que visa regulamentar o uso de plataformas digitais e proteger menores. A decisão veio após o impacto do vídeo de Felca, que gerou comoção nacional e pressionou o Legislativo a agir. A ministra Gleisi Hoffmann destacou a necessidade de responsabilizar as empresas de tecnologia, que, segundo ela, têm capacidade de monitorar conteúdos, mas frequentemente ignoram violações. O advogado-geral da União, Jorge Messias, reforçou que os algoritmos das plataformas amplificam conteúdos criminosos, exigindo uma regulação mais rígida.
O projeto em pauta propõe medidas como a suspensão de perfis que violem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e multas para plataformas que não moderação conteúdos inadequados. A votação, marcada para ocorrer em regime de urgência, pode estabelecer um marco na proteção de crianças no ambiente digital.
A denúncia de Felca gerou uma onda de apoio nas redes sociais, com mais de 100 mil comentários elogiando sua iniciativa. Figuras públicas, como o deputado Nikolas Ferreira e o influenciador Felipe Neto, manifestaram apoio, enquanto organizações como a Pastoral da Criança reforçaram a gravidade da adultização. A sociedade civil, mobilizada, cobra mudanças nas políticas das plataformas e maior fiscalização.
A mobilização pública demonstra o potencial das redes sociais como ferramenta de conscientização, mas também expõe suas falhas na proteção de menores. Ações como a de Felca mostram que influenciadores podem ser aliados na luta contra a exploração infantil.
A regulamentação das plataformas digitais é vista como essencial para combater a adultização infantil. Especialistas, como o engenheiro Allan de Alcântara, apontam que a falta de controle parental e o acesso irrestrito a dispositivos conectados são fatores de risco. A psicóloga Marília Scabora destaca que a busca por validação externa, como likes e comentários, intensifica a vulnerabilidade das crianças.
A aprovação de leis específicas pode criar um ambiente digital mais seguro, garantindo que crianças vivam sua infância sem pressões indevidas. A iniciativa de Felca, aliada à resposta legislativa, marca um momento crucial na proteção da infância no Brasil.
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