
A Caixa Econômica Federal começa a liberar os pagamentos do Bolsa Família em 18 de julho de 2025, oferecendo no mínimo R$ 600 por família via PIX ou outros meios digitais. Mais de 21 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade serão atendidas, com depósitos escalonados pelo Número de Identificação Social (NIS). O programa, gerido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, é um pilar essencial no combate à pobreza, com um investimento de R$ 14,2 bilhões apenas em julho. Os valores podem ser acessados pelo aplicativo Caixa Tem, caixas eletrônicos ou agências, garantindo praticidade. A iniciativa prioriza famílias com renda per capita de até R$ 218, com adicionais para crianças, gestantes e adolescentes.
O programa mantém condicionalidades, como frequência escolar e acompanhamento de saúde, para assegurar benefícios contínuos. A digitalização via Caixa Tem facilita o acesso, mas desafios como atualização cadastral persistem.
O Bolsa Família segue como referência em transferência de renda, com foco na redução da desigualdade.
- Canais de acesso ao benefício:
- Aplicativo Caixa Tem (PIX, transferências, pagamentos).
- Caixas eletrônicos, lotéricas e agências da Caixa.
- Telefone 121 para suporte.
A seguir, detalhes sobre o calendário, valores e regras do programa.
Calendário de pagamentos em julho
A partir de 18 de julho, a Caixa Econômica Federal inicia os depósitos do Bolsa Família, começando pelos beneficiários com NIS final 1. O cronograma segue até 31 de julho, quando os de NIS final 0 recebem. Essa organização escalonada evita filas e agiliza o acesso aos recursos. Em situações de calamidade, como em 518 municípios brasileiros, os pagamentos são unificados em 18 de julho, beneficiando cerca de 741,8 mil famílias.
Os valores são liberados geralmente até as 9h da manhã nas datas previstas, permitindo consultas imediatas pelo Caixa Tem. Beneficiários em áreas remotas podem enfrentar dificuldades de acesso, mas a Caixa mantém canais presenciais para atender essas demandas.
Valores e benefícios adicionais
O Bolsa Família garante um piso de R$ 600 por família, mas o valor médio em julho é de R$ 685, devido a complementos específicos. O Benefício de Renda de Cidadania paga R$ 142 por integrante, enquanto o Benefício Complementar assegura o mínimo de R$ 600. Famílias com crianças de até 7 anos recebem R$ 150 por criança, totalizando R$ 1,33 bilhão para 9,43 milhões de menores.
Gestantes, nutrizes e jovens de 7 a 18 anos geram um adicional de R$ 50 cada, beneficiando 12,4 milhões de pessoas com R$ 710 milhões. A partir de setembro, o Benefício Variável Nutriz oferecerá R$ 50 mensais para bebês de até 7 meses, reforçando a nutrição na primeira infância.
- Principais adicionais:
- R$ 150 por criança de 0 a 7 anos.
- R$ 50 por gestante, nutriz ou jovem de 7 a 18 anos.
- R$ 50 para bebês até 7 meses (a partir de setembro).
Quem pode receber o benefício
Para ter direito ao Bolsa Família, a renda per capita mensal da família não deve exceder R$ 218. Esse critério é verificado pelo Cadastro Único, que centraliza os dados de famílias de baixa renda. Por exemplo, uma família de quatro pessoas com renda total de R$ 800 (R$ 200 por pessoa) está elegível.
A inscrição é feita nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), exigindo CPF ou título de eleitor do responsável familiar. Dados desatualizados podem levar à suspensão do benefício, tornando essencial a manutenção do cadastro a cada 24 meses.
Processo de inscrição e condicionalidades
O cadastramento no Bolsa Família exige a apresentação de documentos e a validação de informações nos CRAS. Após a inscrição no Cadastro Único, as famílias passam por uma análise automatizada que determina a elegibilidade. A inclusão não é imediata, já que o governo prioriza as famílias em maior vulnerabilidade.
Além da renda, os beneficiários devem cumprir condicionalidades, como manter crianças e adolescentes na escola e realizar acompanhamentos de saúde, incluindo vacinação e consultas pré-natais. Essas exigências visam promover o desenvolvimento social e educacional.
- Condicionalidades obrigatórias:
- Frequência escolar mínima de 60% para crianças de 4 a 5 anos e 75% para maiores de 6 anos.
- Acompanhamento de saúde para crianças e gestantes.
- Atualização cadastral a cada dois anos.

Acesso digital via Caixa Tem
O aplicativo Caixa Tem é o principal canal para movimentação dos valores do Bolsa Família. Por meio dele, os beneficiários podem realizar PIX, pagar contas, consultar saldos e fazer compras com cartão virtual. A plataforma, que atende milhões de usuários, é acessível em smartphones com internet, mas exige CPF regularizado e atualização de dados em caso de troca de celular.
Para quem não utiliza o aplicativo, os saques estão disponíveis em caixas eletrônicos, lotéricas ou agências da Caixa, usando o cartão do programa ou documento oficial. A digitalização reduziu filas, mas a inclusão digital ainda é um obstáculo em áreas rurais.
Apoio em situações de emergência
Em julho, 518 municípios em estado de calamidade ou emergência, como no Rio Grande do Sul, terão pagamentos unificados em 18 de julho. Essa medida beneficia 670 mil famílias no estado, com um investimento de R$ 453 milhões. A unificação agiliza o suporte financeiro em regiões afetadas por desastres naturais, como enchentes e estiagens.
Os beneficiários dessas áreas recebem os mesmos valores e adicionais, com acesso imediato via Caixa Tem ou canais presenciais. A iniciativa reflete a flexibilidade do programa em atender demandas urgentes.
Alcance do programa
O Bolsa Família atende mais de 21 milhões de famílias, alcançando cerca de 53,7 milhões de pessoas. Desde 2023, 1,3 milhão de novos lares foram incluídos, ampliando o combate à pobreza. Em 2024, o programa injetou R$ 168 bilhões na economia, gerando 600 mil empregos indiretos, especialmente no comércio e serviços.
A transferência de renda fortalece o consumo local, com gastos concentrados em alimentos, produtos de higiene e vestuário. O valor médio do benefício subiu 12% desde 2023, refletindo ajustes nos adicionais e na cobertura.
Manutenção do cadastro
A atualização do Cadastro Único é crucial para evitar bloqueios ou suspensões. Alterações como mudança de endereço, nascimento de filhos ou aumento de renda devem ser informadas nos CRAS. Beneficiários que conseguem empregos formais podem permanecer no programa por até dois anos, recebendo 50% do benefício, sob a Regra de Proteção.
Cerca de 3 milhões de famílias estão nessa condição, garantindo uma transição segura para o mercado de trabalho. A fiscalização regular, com cruzamento de dados, assegura que apenas os elegíveis recebam os recursos.
Prioridades e novas regras
Recentemente, o governo incluiu moradores de rua e pessoas em insegurança alimentar como prioridades no Bolsa Família. Essa mudança, publicada em julho de 2025, amplia o alcance do programa para populações em extrema vulnerabilidade. As novas regras mantêm o valor mínimo de R$ 600, sem previsão de reajuste para R$ 700, mas reforçam a proteção social.
O programa também planeja expandir serviços digitais em 2025, com melhorias no aplicativo Bolsa Família e no atendimento telefônico via 111. Essas iniciativas visam facilitar o acesso às informações e reduzir entraves burocráticos.
Papel econômico do programa
O Bolsa Família movimenta a economia local, especialmente em bairros periféricos, onde os recursos são gastos em bens essenciais. O investimento de R$ 14,2 bilhões em julho reflete a escala do programa, que beneficia 20,8 milhões de famílias. A média de R$ 685 por família, próxima ao pico de R$ 690 em março, demonstra a robustez dos adicionais.
A iniciativa é reconhecida por reduzir desigualdades e promover inclusão social, com foco na educação e saúde das futuras gerações. A gestão eficiente, aliada à digitalização, garante a continuidade do suporte às famílias mais vulneráveis.
