A Apple se prepara para lançar a linha iPhone 17 em setembro de 2025, mas os consumidores podem enfrentar preços mais altos, segundo Edison Lee, analista do banco Jefferies. O aumento de US$ 50, previsto para os modelos iPhone 17 Air, 17 Pro e 17 Pro Max, reflete as tarifas de importação impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos fabricados na China. A medida, que já custa à Apple cerca de US$ 900 milhões por trimestre, impacta diretamente os custos de produção. A empresa busca justificar o reajuste com inovações em design, câmeras e telas, enquanto tenta desvincular a alta de preços das políticas tarifárias. No Brasil, onde os iPhones já são caros, o reflexo pode ser ainda mais significativo. A expectativa é de forte demanda, com crescimento de 22% nas vendas no segundo trimestre de 2025.

O aumento de preços, embora moderado, ocorre em um momento de mudanças estratégicas na produção da Apple. A empresa intensifica a fabricação na Índia, mas a dependência da China, onde 80% dos iPhones são produzidos, persiste. As novidades da linha iPhone 17 incluem um modelo Air mais fino, telas com maior taxa de atualização e câmeras aprimoradas, especialmente nos modelos Pro. A Apple também planeja lançar outros produtos, como AirPods Pro 3 e Apple Watch Series 11, o que amplia a expectativa para o evento de setembro.

  • Fatores por trás do aumento: Tarifas de importação, novo design e maior custo de componentes.
  • Modelos afetados: iPhone 17 Air, 17 Pro e 17 Pro Max, com preços a partir de US$ 949, US$ 1.049 e US$ 1.249, respectivamente.
  • Impacto no Brasil: Ajustes nos preços dos EUA tendem a refletir no mercado brasileiro, onde iPhones já custam a partir de R$ 7,8 mil.

Preços projetados para o iPhone 17

O analista Edison Lee, da Jefferies, projeta que o iPhone 17 Pro custará US$ 1.049, enquanto o iPhone 17 Pro Max chegará a US$ 1.249. O iPhone 17 Air, substituto do modelo Plus, deve custar US$ 949, um aumento de US$ 50 em relação ao iPhone 16 Plus. O modelo base, iPhone 17, manterá o preço de US$ 799, segundo Lee. Esses valores refletem a estratégia da Apple de equilibrar os custos das tarifas com melhorias nos aparelhos, como maior armazenamento base (256 GB para o Pro) e inovações tecnológicas.

A produção em larga escala na China, sujeita a uma tarifa de 20%, eleva os custos operacionais. A Apple tenta mitigar isso transferindo parte da fabricação para a Índia, onde as tarifas são menores (atualmente isentas, mas com risco de 26% no futuro). No entanto, a infraestrutura indiana ainda não suporta a complexidade dos modelos Pro, que exigem processos avançados para câmeras e baterias.

  • iPhone 17 base: US$ 799, sem aumento previsto.
  • iPhone 17 Air: US$ 949, substitui o Plus com design mais fino.
  • iPhone 17 Pro: US$ 1.049, com 256 GB de armazenamento base.
  • iPhone 17 Pro Max: US$ 1.249, com câmeras e tela aprimoradas.

Estratégia da Apple contra tarifas

A Apple adota medidas para reduzir o impacto das tarifas de importação, especialmente as impostas pelo governo Trump. Em abril de 2025, as tarifas sobre produtos chineses atingiram 54%, mas foram reduzidas para 20% após negociações. Mesmo assim, o custo adicional de US$ 900 milhões por trimestre pressiona a companhia. Tim Cook, CEO da Apple, intensificou a produção na Índia, que cresceu 53% no primeiro semestre de 2025, com 24 milhões de unidades exportadas. A meta é produzir 60 milhões de iPhones na Índia em 2025, reduzindo a dependência da China.

A empresa também estocou iPhones antes das tarifas, transportando milhões de unidades da Índia e China para os EUA. Essa logística emergencial evitou aumentos imediatos nos preços do iPhone 16, mas o iPhone 17 não terá o mesmo benefício. A Apple evita associar os reajustes às tarifas, temendo reações políticas, e planeja justificar os preços com novos recursos, como telas de 120 Hz e câmeras de 48 MP nos modelos Pro.

  • Produção na Índia: 15% dos iPhones globais, com meta de 30% até 2026.
  • Custo das tarifas: US$ 800 milhões no segundo trimestre de 2025, com projeção de US$ 1,1 bilhão no terceiro.
  • Negociações políticas: Tim Cook busca isenções, mas Trump negou exceções até agora.

Impactos no mercado brasileiro

No Brasil, os preços dos iPhones já são elevados devido a impostos e taxas de importação. O iPhone 16, lançado em 2024, custa a partir de R$ 7,8 mil na versão base e R$ 9,5 mil na Plus. Com o aumento projetado para o iPhone 17, os valores podem subir ainda mais, especialmente para os modelos Pro e Pro Max. A variação cambial também influencia, com o dólar oscilando frente ao real, o que pode agravar o impacto para os consumidores brasileiros.

A Apple mantém uma base fiel no Brasil, mas o aumento pode levar consumidores a optarem por modelos mais antigos ou concorrentes, como Samsung e Xiaomi, que enfrentam desafios semelhantes com tarifas. A alta de 22% nas vendas de iPhones no segundo trimestre de 2025, segundo operadoras, indica que a demanda permanece forte, mas o limite de tolerância dos consumidores a preços mais altos é incerto.

  • Preços atuais no Brasil: iPhone 16 (128 GB) a R$ 7,8 mil; iPhone 16 Plus a R$ 9,5 mil.
  • Risco de aumento: Reajustes nos EUA tendem a impactar o mercado brasileiro.
  • Concorrência: Marcas como Samsung podem ganhar espaço se os preços subirem muito.
iphone 17 – Foto: Thaspol Sangsee / Shutterstock.com

Novidades esperadas no iPhone 17

A linha iPhone 17 promete inovações para justificar os preços mais altos. O modelo Air, substituto do Plus, terá um design ultrafino, mas com câmera traseira de lente única e processador A18, menos potente que o dos modelos Pro. Os iPhone 17 Pro e Pro Max contarão com câmeras teleobjetivas de 48 MP, telas com taxa de atualização de 120 Hz e melhor desempenho térmico. A Apple também planeja lançar AirPods Pro 3, Apple Watch Series 11, HomePod Mini 2, Apple TV 4K e AirTag 2, todos com melhorias significativas.

Essas inovações visam manter a competitividade da Apple em um mercado saturado, onde a estagnação em hardware tem sido criticada. A empresa aposta em recursos de inteligência artificial, como o Apple Intelligence, para atrair consumidores. No entanto, o aumento de preços pode afastar parte do público, especialmente em mercados sensíveis como o Brasil.

  • iPhone 17 Air: Design fino, câmera única, A18 chip.
  • iPhone 17 Pro/Pro Max: Câmera de 48 MP, tela de 120 Hz, melhor bateria.
  • Outros lançamentos: AirPods Pro 3, Apple Watch Series 11, HomePod Mini 2.

Reações do mercado e consumidores

O aumento de preços gerou debates entre consumidores e investidores. Nas redes sociais, há críticas à alta, com alguns usuários considerando manter seus iPhones atuais ou migrar para concorrentes. A queda de 15% nas ações da Apple após o anúncio das tarifas reflete a preocupação do mercado com a rentabilidade da empresa. Analistas da Morgan Stanley sugerem que a Apple pode aumentar a margem de lucro incentivando a compra de modelos com maior armazenamento, como os iPhone 17 Pro e Pro Max com 256 GB ou mais.

A estratégia de evitar culpar as tarifas, adotada após o caso da Amazon, mostra a cautela da Apple em meio às tensões comerciais entre EUA e China. A empresa busca equilibrar a fidelidade dos consumidores com a pressão financeira das tarifas, mas o sucesso dessa abordagem dependerá da percepção de valor das inovações do iPhone 17.

  • Queda nas ações: 15% após anúncio das tarifas em abril de 2025.
  • Estratégia de armazenamento: Modelos com 256 GB ou mais podem elevar margens.
  • Reação dos consumidores: Críticas nas redes, mas forte demanda inicial.
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Redação

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