A alta de 10,48% nas ações da MRV (MRVE3) reflete a confiança dos investidores na recuperação das operações brasileiras, apesar do impacto negativo da Resia. Às 13h05 de 13 de agosto, o papel era negociado a R$ 7,17, liderando os ganhos do Ibovespa. O mercado reagiu positivamente aos números da MRV Incorporação, principal divisão do grupo, que registrou lucro líquido ajustado de R$ 125,5 milhões, alta de 65% em relação ao 2T24. A receita líquida consolidada cresceu 18%, atingindo R$ 2,708 bilhões, com a MRV Desenvolvimento contribuindo com R$ 2,525 bilhões, um aumento de 21%.
O desempenho foi impulsionado pela demanda aquecida no programa Minha Casa Minha Vida, que continua a ser um motor de crescimento para a companhia. No entanto, a baixa contábil de US$ 144 milhões (R$ 886,8 milhões) na Resia, decorrente da venda de terrenos e empreendimentos nos EUA, pressionou os resultados consolidados. Analistas do Santander destacaram que o foco do mercado está na recuperação doméstica, com margens brutas em alta.
Desempenho operacional no Brasil
As operações brasileiras da MRV&Co foram o destaque positivo do 2T25. A MRV Incorporação registrou lançamentos de R$ 3,4 bilhões, um salto de 54,2% em relação ao mesmo período de 2024. As vendas líquidas atingiram R$ 2,7 bilhões, alta de 5,8%, embora impactadas por um represamento de R$ 145 milhões devido a gargalos em programas estaduais do MCMV, como no Ceará e Amazonas. A margem bruta da MRV Desenvolvimento alcançou 30,2%, um avanço de 4,2 pontos percentuais, refletindo a rentabilidade de novos empreendimentos.
A nova Faixa 4 do MCMV, voltada para imóveis de até R$ 500 mil, também ganhou relevância, representando 20% dos lançamentos. A empresa adaptou projetos existentes para se enquadrar nessa categoria, aproveitando juros mais baixos para atrair compradores. Segundo Ricardo Paixão, diretor financeiro da MRV&Co, a demanda aquecida no MCMV deve sustentar um segundo semestre robusto.
Pressão da Resia nos resultados
A subsidiária Resia, que atua na construção e locação de prédios residenciais nos EUA, foi o principal obstáculo para os resultados consolidados. O prejuízo de US$ 163,7 milhões (R$ 886,8 milhões) superou as expectativas da XP Investimentos, que estimava R$ 826 milhões. A baixa contábil de US$ 144 milhões, relacionada à venda de ativos, reflete a estratégia da MRV&Co de reduzir operações nos EUA e cortar dívidas.
Apesar disso, a Resia gerou caixa de US$ 39,3 milhões no trimestre, revertendo perdas anteriores.
Ricardo Paixão afirmou que o impairment foi calculado de forma conservadora e não deve gerar novos impactos nos próximos balanços. A dívida líquida da Resia atingiu US$ 688 milhões, alta de 6,1% em um ano, enquanto a alavancagem da operação brasileira subiu para 42,6%, um aumento de 2,7 pontos percentuais.
Perspectivas dos analistas
Os bancos mantiveram visões divergentes sobre o desempenho da MRV. O Santander destacou a recuperação das operações brasileiras e reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 9,50, projetando um potencial de alta de cerca de 32% em relação ao valor de fechamento de 13 de agosto. O JPMorgan também manteve recomendação de compra, mas com preço-alvo mais conservador, de R$ 6, refletindo preocupações com a alavancagem.
O Morgan Stanley, por sua vez, adotou uma postura cautelosa, mantendo recomendação neutra e preço-alvo de R$ 7. O banco apontou que despesas financeiras elevadas e riscos no balanço patrimonial continuam a limitar o lucro por ação. Já o Goldman Sachs destacou a receita líquida 9% acima de suas estimativas e o lucro bruto 12% superior ao esperado, mas alertou para a alavancagem total de 198%, a maior desde o 4T22.
Impacto no mercado e desafios futuros
A alta de 10,48% nas ações da MRV contrasta com a queda de 2,87% registrada em 15 de julho, após a divulgação da prévia operacional do 2T25. Na ocasião, o mercado reagiu negativamente à queima de caixa de R$ 54,1 milhões na MRV Incorporação e aos atrasos de R$ 310 milhões em repasses de programas estaduais. A recuperação no pregão de 13 de agosto sugere que os investidores estão mais focados na solidez do mercado doméstico e na perspectiva de normalização dos repasses até o fim do 3T25.
O principal desafio da MRV&Co nos próximos trimestres será reduzir a alavancagem, especialmente após o aumento da relação dívida líquida + parcelas de terrenos sobre o patrimônio líquido, que passou de 0,48 no 1T25 para 0,60 no 2T25. A empresa também precisará manter a rentabilidade das novas safras de empreendimentos e resolver os gargalos nos repasses estaduais para sustentar o crescimento.
O papel do Minha Casa Minha Vida
O programa Minha Casa Minha Vida continua sendo o principal impulsionador do desempenho da MRV no Brasil. Com 65% dos lançamentos nas Faixas 2 e 3 e 15% na Faixa 1, a empresa tem se beneficiado das condições favoráveis de financiamento e da alta demanda por imóveis populares. A introdução da Faixa 4, com imóveis de até R$ 500 mil, ampliou o alcance da MRV, permitindo a inclusão de projetos já em desenvolvimento com ajustes para atender aos novos critérios.
A expectativa é que o MCMV continue a sustentar o crescimento no segundo semestre, com a resolução dos atrasos em estados como Ceará e Amazonas. A MRV também planeja manter o ritmo de lançamentos, com foco em empreendimentos mais rentáveis, para melhorar as margens e a geração de caixa.
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