STJD aplica punição de oito partidas sem torcida ao Sport devido ao incidente com o ônibus do Fortaleza

O Sport Club do Recife enfrentou consequências severas impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após incidentes violentos envolvendo a equipe do Fortaleza. Durante o julgamento na Segunda Comissão Disciplinar do STJD nesta terça-feira, o clube foi responsabilizado pelos ataques ao ônibus que transportava a equipe do Fortaleza, ocorridos na saída da Arena Pernambuco no dia 22 de fevereiro, após um jogo pela Copa do Nordeste. Como penalidade, o Sport terá que disputar oito jogos sem a presença de público, está proibido de contar com torcedores visitantes neste período e foi multado em R$ 80 mil.

O caso foi analisado sob o Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, com a possibilidade de uma sanção que poderia chegar a até dez partidas de suspensão. A deliberação de oito jogos de punição veio por unanimidade entre os auditores, com base na proposta do relator Diogo Maia, embora o clube ainda tenha a opção de apelar ao Pleno do STJD.

Representantes do Sport, incluindo o vice-presidente jurídico Rodrigo Guedes e o diretor jurídico Silvio Baptista, bem como o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, participaram do julgamento, que também contou com representantes do Fortaleza e da Federação Cearense de Futebol.

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Na defesa, o Sport apelou à Lei Geral do Esporte, argumentando sobre a responsabilidade do estado pela segurança pública nas imediações do estádio até um limite de 5km, sugerindo que o ataque foi um ato premeditado por uma facção criminosa, apesar da escolta policial que acompanhava o ônibus da equipe adversária no momento do incidente.

O ataque resultou em ferimentos em seis jogadores do Fortaleza, necessitando de atendimento hospitalar, com o caso mais grave sendo o do lateral Escobar, que sofreu lesões na cabeça causadas por estilhaços. Em resposta ao ocorrido e à falta de punições aos responsáveis até o momento, o Fortaleza realizou um protesto simbólico ao usar uma camisa com marcas de sangue em uma partida do Campeonato Cearense.

Ainda recuperando-se das lesões, o zagueiro Titi e o lateral Escobar não retornaram aos campos, com Titi passando por uma cirurgia para remover fragmentos de vidro e Escobar lidando com as sequelas psicológicas do trauma.